sábado, dezembro 27, 2008

JÁ VAI TARDE, 2008!!!






Ufa! Enfim este ano está indo embora pra nunca mais voltar!

Êpa! Esse negócio de "nunca mais voltar" dá uma sensação de namoro acabado, amizades desfeitas e até morte ... Brrrrr!!!

Antigamente eu chorava "a bandeiras despregadas" no Reveillon, porque me batia a melancolia do "nunca mais" ... "Nunca mais vou ter esta idade novamente"; "Nunca mais o mesmo carnaval"; "Nunca mais os mesmos encontros"; "Nunca mais aquele amor perdido"; "Nunca mais eu mesma" ... Essas coisas todas que a gente acaba pensando ante a inexorabilidade do tempo que se vai, principalmente quando se é jovem e a vida é uma verdadeira festa, a cada dia. Estranhamente, desde que nasceu meu filho eu parei de fazer essas conjecturas e, consequentemente, de me despedir do ano que passou lamentando o seu fim, em lágrimas. Talvez porque dali em diante a minha própria vida deixou de ser a coisa mais importante do mundo pra dar lugar à dele, com o agravante da responsabilidade de torná-la o mais amena e feliz possível pesando sobre os meus ombros. Também acredito que tenha a ver com o esvaziamento do meu manancial lacrimal, vertido de uma só vez naquele reveillon de 1980, o último da minha vida livre, leve e solta de então e que, de fato, NUNCA MAIS foi a mesma, por motivos mais que óbvios: Até ali eu não sabia, ainda, o que significava "PADECER NO PARAÍSO", eufemismo que encerra o que é ser mãe... Aquelas que o são, sabem bem o que quero dizer; As que ainda não experimentaram essa condição, preparem-se para entrar numa fase em que a consistência do cocô do bebê pode ser a sua preocupação mais angustiante, pra citar o mínimo de uma série interminável de "dores-de-cabeças" que as acometerão, sem contar com a fase em que a cria ainda está na barriga ..."Será que vem com alguma deformação ou má-formação"? - É a primeira delas; Depois vêm outras, algumas até exdrúxulas, como quando me ocorreu um pavor sem tamanho de vir a parir um anão, o que fez o meu médico dar gargalhadas estrondosas no consultório, onde adentrei em prantos. Explico:

Eu sempre tive verdadeira ojeriza a anões (até já falei isso, em um post antigo), ninguém me pergunte por quê, pois não sei de onde tirei isso, até um dia em que, esperando pra ser atendida pelo médico, numa das consultas, no pré-natal, uma mulher achou de me mostrar fotos dos seus netos "lindos", segundo ela e dentre estes havia um que tinha essa deformação. Quando perguntei se havia, na família, outros casos, a vovó me garantiu que este foi o único e que os pais dele eram pessoas normais e até muito altas pro padrão brasileiro ... Pronto! Foi só o que faltou pra eu achar que haveria de ser castigada pela minha gratuita aversão aos nanicos e que Deus, O IMPLACÁVEL, sempre atento às nossas falhas, tinha escolhido aquela forma pra me punir por tão inexplicável e horrendo pecado... Louca, eeeeeu? Não! Simplesmente MÃE.


Fazendo um balanço do que aconteceu durante 2008, cheguei à conclusão de que não foi um ano bom, porque nada ocorreu que tivesse alguma relevância pra mim, excetuando-se alguns aspectos: Do lado negativo, foi o de maior aperto financeiro de toda a minha vida (só conseguí sair do "vermelho" neste último mês); Do positivo, realizei um dos meus maiores sonhos: Ver meu filho terminar a faculdade, alegria esta que só estará coroada quando o vir se tornar um profissional na sua área, evidentemente. Esta será a minha meta pra 2009 e com certeza, quando isso acontecer, poderei, enfim, respirar aliviada e dizer: MISSÃO CUMPRIDA!


As demais metas são as mesmas de há alguns anos e estão tão desmoralizadas pela minha falta de empenho (confesso!), que nem me atrevo a acreditar que vou realizá-las: Perder de oito a dez quilos (sonha, sonha, Regina!) e deixar de fumar ... Tsc, tsc, tsc... Essa, então, nem se fala! Só não digo que são impossíveis porque gosto de pensar que nada o é, embora assumindo a mea culpa de nunca, jamais, ter tomado uma atitude realmente eficaz para alcançá-las.


Ao tempo em que agradeço todo o carinho e prova de amizade que recebo e que me torna a existência mais encantadora, espero que cada um de vocês seja mais perseverante no alcance de seus objetivos e que 2009 lhes traga a garra, a força, a coragem e os bons propósitos pra realizarem tudo o que deixou de ser concluído até 2008 e assinale o marco de uma vida doravante plena em conquistas e realizações pessoais. FELIZ VIDA NOVA, A PARTIR DO ANO NOVO!!!



sábado, dezembro 20, 2008

UTOPIA MASSIFICADA - O NATAL CHEGOU!






Aí vem o Natal, época em que se renovam as esperanças, as congratulações, as amizades, as metas a concretizar e a estranha sensação de que tudo vai dar certo no próximo ano: A saúde dos enfermos se restabelecerá; Os quilinhos a mais se dissiparão; Aquele aumento no salário, tão desejado, enfim, será concedido; O emprego há tanto tempo batalhado será uma realidade; A aprovação no concurso será gloriosa; A casa própria deixará de ser um sonho inalcançável; Aquela viagem vai acontecer; Aquela pessoa vai ligar e o amor-metade-da-sua-laranja vai pintar, trazendo consigo a certeza de que todos os outros ítens da sua lista de metas não têm mais a menor importância, aconteçam ou não... Ah! Tem também o prêmio da loteria, que alguns, como eu, nem sequer arriscam-se a ganhar, já que não jogam nunca, mas reconhecem que seria a única forma concreta de realizar todos os demais sonhos (com exceção da saúde dos enfermos, nem sempre comercializável, assim como o amor-de-verdade, embora saibamos que, com grana, até isso poderá pintar, mesmo não tão verdadeiro como gostaríamos).



A gente sabe que a probabilidade de tudo isso acontecer em apenas um ano é remotíssima, exceto no caso de que encontremos, quem sabe, um gênio numa lâmpada perdida ou, até, uma fada-madrinha com uma providencial varinha de condão. No meu ponto de vista, sem querer ser "empata-foda", mas já sendo (eu não sei mentir...!), não acredito que isso poderá acontecer e vou mais além: Caso acontecesse comigo, estou certa de que o gênio seria um daqueles escrotos personagens de piadas infames, tipo aquela que conta a história de um sujeito que encontrou um gênio muito velho, quase surdo, que lhe agraciou com uma linda árvore de trinta centímetros de altura e quando ele, muito puto, foi tomar satisfação, perguntando "QUE PORRA É ISSO?", o decrépito gênio respondeu: "É O CARVALHO DE 30 CENTÍMETROS QUE VOCÊ ME PEDIU, CARA!" ... Comigo seria, com certeza, mais ou menos assim!



Em que pese a minha falta de ludicidade com relação ao Natal, confesso que acabo me rendendo aos humores sazonais desta época e até gosto de sentí-los no ar. Pessoas se abraçando, se presenteando, bebemorando e se congratulando em bloco, é sempre um espetáculo digno de ser apreciado e eu não poderia estar fora dessa, mesmo! Afinal, "FESTA" é uma palavra que me define bem.


Então, pra não fugir à regra, quero também deixar aqui os meus augúrios pro novo ano que aí vem: Além da inverossímil realização de todos os itens acima (sonhar não custa nada, né? E quanto mais alto, melhor, já que não se pode ser medíocre até nos sonhos), vou listar abaixo tudo o que eu não quero ver a partir de 2009, tentando fazer-de-conta que é possível sonhar com o inatingível ... Vai que dá certo!



COISAS QUE EU GOSTARIA DE ERRADICAR EM 2009:


1. PEDOFILIA

2. VIOLÊNCIA URBANA

3. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

4. ESTUPRO

5. CORRUPÇÃO

6. ABUSO DE PODER

7. IMPUNIDADE

8. MISÉRIA

9. PRECONCEITO

10. FALSOS PROFETAS.



Termino este post proclamando o meu maior desejo, pra todos os brasileiros: CIDADANIA, um dia!



FELIZ NATAL!

FELIZ ANO NOVO!!!





Imagem: http://www.esoterikha.com/

sábado, dezembro 13, 2008

SEXÓLOGA ESTRESSADA






Recebí essa "pérola" pela internet e, como estou absolutamente sem inspiração pra criar (mal de fim-de-semana, vocês hão de entender!), repasso-a pra descontrair um pouquinho:





01 - Tenho 20 anos e não transei ainda porque gostaria que a 1ª vez fosse com um namorado fixo. O que você acha?


R: Minha 1ª vez também foi com um namorado fixo. Eu o amarrei na cama.


02 - O que fazer para surpreender um namorado tímido na primeira noite?


R: Apareça com um amante.


03 - Tenho um amigo que quer fazer sexo comigo, mas ele tem um pênis de 24 cm Acho que vai ser doloroso, o que faço?


R: Manda pra cá que eu testo pra você.


04 - Como faço para seduzir o rapaz que eu amo?


R: Tire a roupa! Se ele não te agarrar, cai fora que é gay.


05 - Terminei com meu ex porque ele é muito galinha e agora estou com outro. Mas ainda gosto do ex e, às vezes, ainda fico com ele! O que devo fazer?


R: Quem é mesmo galinha nesta história?


06 - Quero saber como enlouquecer meu namorado só nas preliminares.


R: Diga no ouvidinho dele: 'minha menstruação está atrasada...'


07 - Como usar a criatividade em uma transa no banheiro?


R: Já usou desentupidor de pia?


08 - Saí com um gatinho e foi ótimo. Só que agora fico com o maior medo de ligar para ele. Será que devo?


R: Depende. O gatinho sabe cagar na caixa de areia?


09 - Sou feia, pobre e chata. O que devo fazer para alguém gostar de mim?


R: Ficar bonita, rica e ser legal. Obviamente.


10 - O cara com quem estou saindo é muito legal, mas está dando sinais de ser alcoólatra. O que eu faço?


R: Não deixe ele dirigir.


11 - Por que, na hora do sexo, quando a gente está no vai e vem, na hora em que o corpo entra em atrito e faz aquele barulho de quem está batendo palmas, a gente fica mais excitado?


R: É porque parece que tem torcida, tá ligado? Da próxima vez grite pra galera.


12 - Apesar do meu tamanho, eu tenho apenas 13 anos de idade e não tenho uma cara propriamente linda. O que fazer para conseguir comer umas gatas.


R: Nesta idade você tem que comer Sucrilhos, entende?


13 - Tenho 28 anos e sou virgem, não agüento mais esta situação. Como mudá-la o mais rápido possível?


R: Está em São Paulo? Vai na Major Sertório e leve uns 30 reais. Caso contrário trate de virar líder do MST.


14 - Sou virgem e rolou, pela primeira vez de fazer sexo oral. Terminei engolindo o negócio e quero saber se corro o risco de ficar grávida. Estou desesperada!


R: Claro que corre o risco de ficar grávida. E a criança vai sair pelo seu ouvido.


15 - A primeira vez dói? Tenho 21 anos e ainda não transei porque tenho medo de doer e não agüentar.


R: Dói tanto que você vai ficar em coma e NUNCA mais vai levantar. Vê se deixa de ser fresca, e dá de uma vez, ô Cinderela!


16- Posso tomar anticoncepcional com diarréia?


R: Eu tomo com água, mas a opção é sua. Espero que use copo descartável.

terça-feira, dezembro 09, 2008

DE QUANDO APRENDÍ A INTERPRETAR TEXTOS (OU ADEUS ÀS ILUSÕES)



Estamos em plena época de Natal e isso me faz reportar-me ao meu post anterior, no qual falei sobre as inverdades (algumas "cabeludas") que nos contavam e que instigavam o nosso imaginário infantil. Papai Noel foi a maior delas e tudo o que ficou na minha memória foi a frase "...EU PENSEI QUE TODO MUNDO FOSSE FILHO DE PAPAI NOEL..." Eu, definitivamente, não era! Cansei de deixar bilhetinhos pra esse velhinho fdp, que jamais os lia e nem sequer dava uma satisfação qualquer. Acho que era porque não tinha argumento algum pra sua indiferença, pois fui uma menininha muito bem comportada, estudiosa, obediente e imperdoavelmente crédula.
Tá certo que, não sendo nenhuma divindade reencarnada, quando algum castigo ou obrigação atribuída não me agradava ou me parecia injusto, eu batia o pé, estirava a língua e dava um monte de rabissaca* e de muxôxo**, não sem antes ter o cuidado de me trancar a sete chaves pra que ninguém (nem meus irmãos, um bando de dedo-duro) percebesse aquele ato de rebelião silenciosa, porque aí seria bem pior: Certamente o castigo seria mais ...contundente, digamos assim. Vai ver aquele velho escroto tava me brechando de lá do Pólo Norte, não sei com que visão de raio-X dos infernos e, por isso, fazia "vista grossa" pros meus bilhetinhos patéticos! EUREKA! Acabo de descobrir a causa de tão cruel descaso... DEMORÔ!


Ainda bem que a minha credulidade na existência desse senil sacripanta se dissipou assim que eu comecei a prestar atenção nas mensagens contidas nas letras das músicas que ouvia e essa frase supracitada me abriu os olhos. "É isso (pensei)! ... Esse Papai Noel aí só considera seus os filhos das pessoas mais abastadas, já que de todos os meus amigos e amigas somente aqueles cujos pais têm grana ganharam presentes dele e, se ele não me considera sua filha, eu é que não vou tê-lo na conta de pai ... Que se foda, então!


A favor dele, no entanto, devo dizer que me ensinou uma lição valiosa que até hoje trago comigo e cuja aplicação nunca deixou de funcionar: Não sofrer pelo desamor de alguém, nem me martirizar por um cerumano qualquer que não me ame como eu mereço. É bem verdade que antes de aprender isso experimentei a amarga sensação de querer quem não me quis (afinal, como diria Martinho da Vila, "Você não passa de uma mulher"), mas aí evoquei aquela velha decepção com o "Bom" velhinho e despachei esse querer na primeira encruzilhada, pondo em prática outra frase inesquecível, colhida, à época, nas páginas do livro "O MEU PÉ DE LARANJA LIMA" (que quase me matou de chorar, pela vulnerabilidade emocional que eu estava vivenciando, naquele momento) de grande valia pra minha cabecinha adolescente:

"A GENTE MATA COM O CORAÇÃO... VAI DEIXANDO DE QUERER BEM E, UM DIA, A PESSOA MORRE".

E morreu!


Infelizmente (ou felizmente, sei lá!), com isso morreu em mim, também, a capacidade de me iludir com o amor-romântico, no qual, hoje, não boto muita fé, a não ser naquele que já vem predestinado, com endereço certo e mediante conivência com o alinhamento dos astros, o popular "Escrito nas estrelas". Admito que seja muito raro, mas que lo hay, lo hay. AINDA BEM!



Vixe! Postezinho amargo, esse, hein, gente? Também, quem me mandou lembrar de Papai Noel?

FOI MAL!


*Rabissaca - Gesto de desdém, que consiste em jogar a cabeça pra cima, num safanão,
** Muxôxo- É o nome que se dá, no nordeste, àquele barulhinho próprio de "coçar a garganta"
A imagem, "Papai Noel malvado", é de: http//yuzuru.files.wordpress.com

segunda-feira, novembro 24, 2008

DARWIN TINHA RAZÃO




Estou cada vez mais convencida de que somos uma espécie em evolução, principalmente observando o comportamento das crianças de hoje e comparando-as com as da minha geração. Sou de um tempo em que havia uma verdade insofismável: PAI E MÃE NÃO MENTEM! Pra essa afirmativa não cabia qualquer questionamento e, fosse qual fosse o absurdo que ouvíssemos dos nossos genitores, tínhamos que aceitá-lo, mesmo não havendo possibilidade alguma de que aquilo correspondesse à verdade.


Parecíamos compactuar com as farsas que nos eram impostas e os pais não tinham qualquer receio de que, um dia, lá na frente, suas máscaras cairiam e nós os veríamos, fatalmente, como na realidade são: Apenas seres humanos cheios de falhas tentando forjar cidadãos que, por sua vez, mesmo desencantados, no futuro não só lhes perdoariam, como, até, lhes aplaudiriam, citando os seus exemplos, frustrados por não conseguirmos, junto aos nossos filhos, os mesmos resultados que obtiveram conosco.


Às vezes me pego pensando em como éramos ingênuos. A verdade estava alí, na nossa cara, mas não podia ser revelada nem, sequer, admitida, sob pena de sofrermos severos castigos, "como manda a Santa Madre Igreja". A perspicácia era punida, ao invés de incentivada. A mais marcante de todas, até hoje, na minha cabeça, foi "o conto da cegonha", que eu engolí durante tanto tempo e, o que é pior, nunca gastei um neurônio sequer tentando compreender por que meus irmãos e eu éramos obrigados a ficar do lado de fora da nossa casa, quer chovesse ou fizesse sol, vigilantes e atentos, esperando a malfadada ave pousar no nosso telhado, o que, obviamente, NUNCA acontecia. Até ouvirmos o estridente choro do bebê, quando voltávamos pra casa, sorumbáticos e frustrados, tentando entender como aquele pássaro filho da puta tinha conseguido burlar a nossa vigilância, adentrando a casa sem se fazer notar.


Aquela pantomima era levada tão a sério, que os meus pais até orientavam os irmãos mais velhos a se infiltrarem entre nós, os crédulos espectadores mirins, pra que jurassem ter visto a tal cegonha, o que nos deixava mais putos... "Eu juro que ví quando ela pousou lá na cumeeira" - dizia um: "Vocês não viram, não?" - perguntava outro ... E nós ficávamos ainda mais desencantados, pois tínhamos absoluta certeza de não termos tirado os olhos do espaço um segundo só. Que sacanagem!




É por essas e outras que às vezes tenho a impressão de que as crianças nasciam meio burrinhas, somente vindo a desenvolver a habilidade da inteligência ao longo do tempo (tsc, tsc, tsc ... Eu tenho que me defender, de alguma forma, né gente?). Nunca me esqueço do dia em que ví minha mãe lavando uma calcinha da minha irmã, suja de sangue e, eu, já em prantos, ao levantar a possibilidade de que ela tivesse contraído uma doença muito séria, a minha mãe saiu-se com essa: "NÃO, FILHA. ISSO AÍ NÃO É SANGUE, NÃO! É QUE EU DEIXEI ESSA ROUPA MUITO TEMPO QUARANDO E O SOL, MUITO FORTE, A QUEIMOU!".... E EU ACREDITEI!!!

Tá certo que o sol do nordeste é inclemente e causticante, mas, peraí, Mãe!


Fico pensando como seria se eu ousasse fazer isso com o meu filho ou, até mesmo, com a minha neta ... Era capaz de ser levada à justiça (por eles próprios, o que é pior!) por estar violando-lhes o sagrado direito à informação.


Daí a conclusão de que Darwin tava mais do que certo.




imagem: www.passeiweb.com

terça-feira, novembro 18, 2008

O PREÇO DA VAIDADE



A gente tá cansada de saber sobre os trágicos estragos que o excesso de vaidade tem produzido nas pessoas, inclusive deformando-as de forma definitiva, especialmente as mulheres (vejam na foto o que essa mulher conseguiu tentando atingir a perfeição). Lí recentemente no blog da Luci sobre uma sul-coreana, Hang Mioku, de 48 anos, que chegou ao cúmulo de injetar óleo de cozinha (!) no próprio rosto depois que os médicos, tendo-a diagnosticado como psicótica, negaram-se a continuar lhe aplicando doses e mais doses de silicone. A pergunta que não quer calar é: QUEM CARGAS D'ÁGUA DISSE A ESSA CRIATURA QUE O ÓLEO DE COZINHA TERIA A PROPRIEDADE DE LHE ATENUAR AS AS MARCAS DO TEMPO? Vai ver, foi algum fabricante do produto ou, então, ela já tava tão doida, que incorporou uma batata frita ... Será?!
Bom, mas o que eu quero aqui é contar o "causo" de Sêo Adalberto, a propósito do tema vaidade, inspirada não só no post da Luci, supracitado, como num comentário da Susi no meu post anterior.
"Sêo" Adalberto era um coroa muito divertido com quem trabalhei na minha juventude, no escritório de uma indústria de grande porte em Caruaru. Ele era o que se pode chamar de uma figura "VIP" na sociedade local da época, por força da sua arte e maestria em decoração de ambientes, especialmente em festas de casamento, pelo que era muito requisitado, principalmente pelas famílias mais abastadas, até porque o preço dos seus serviços não poderia ser bancado pela ralé ignara, jamais. Mesmo se assim o fosse (e que Deus tape lá as "ouças", porque o velho Adalberto já partiu desta pra melhor), ele não se prestaria a tal desfrute, porque, diga-se de passagem, o outrora "rapaz alegre" não tinha lá grandes simpatias pelos menos favorecidos - como é de praxe nessa categoria - e isso, no seu entender, poderia comprometer a finesse do seu trabalho.
Como não poderia deixar de ser, pelo perfil aqui traçado, V-A-I-D-A-D-E era o seu nome e, portanto, aquela cidadezinha tão mixuruca, incrustada no agreste pernambucano, não oferecia condições para a sua requintada indumentária, o seu cartão de visita no exercício de arte tão identificada com o luxo das altas camadas sociais. Em vista disso, nas festas de fim-de-ano - ocasião que exigia um apuro maior no trajar - ele rumava pro Recife pra se "paramentar" de acordo com os ditames da moda, em casas especializadas e reconhecidamente chiques.
Segundo ele próprio, quando estava muito atarefado e não lhe sobrava tempo suficiente pra escolher a indumentária completa na capital, até encarava encomendar o terno a TINÉ, um famoso alfaiate local, mas uma coisa da qual jamais abria mão, era comprar os sapatos na loja mais badalada do Recife, a REMILET CALÇADOS. Isso, não!
Naquele mês de dezembro, na década de 60, ruma Adalberto pro Recife com a finalidade única de rebuscar as prateleiras da REMILET para, assim, cumprir o seu ritual: Escolher o sapato mais elegante que ali encontrasse, pra ARRASAR, pois sabia ser do conhecimento de todos esse seu mimo pra consigo próprio, cuja recompensa eram as apoteóticas exclamações ... "QUE SAPATOS LINDOS, ADALBERTO! ONDE VOCÊ OS COMPROU? - EM CARUARU É QUE NÃO FOI!" ... JÁ SEI!: FOI NA REMILET!!! Ritual este que as madames cumpriam à risca, pra não perder o prestígio nem correr o risco de serem por ele ignoradas quando precisassem dos seus préstimos. Pronto! Isso compensava tudo e encerrava o seu maior presente de natal.
Voltando àquele dezembro: Eis que, ao chegar à sapataria, seus olhos depararam-se com o mais belo, charmoso e inigualável par de sapatos que ele jamais vira em toda a sua vida. Chamando o vendedor, apontou, sem mais aquela: "Quero este aqui"! Só não contava com um pequeno detalhe que, a princípio, lhe pareceu a maior das tragédias: Havia apenas um exemplar daquela preciosidade e, por puro caiporismo somente compreensível se atribuído à velha e famosa "Lei de Murphy", este correspondia a dois números a menos que o seu!
Essa verdadeira catástrofe se atenuou quando, ao experimentá-lo, percebeu que nem tudo estava perdido, porque "até que calçou bem". Esse alívio foi imediatamente corroborado pelo vendedor, que, ladino, o aconselhou a encher os sapatos de molambos embebidos em álcool até a data da sua inauguração, operação esta que faria com que o cromo alemão cedesse mais, produzindo, então, o conforto desejado.
Foi exatamente assim que o lépido Adalberto procedeu, deixando os sapatos repousarem na tal solução até o dia da Missa das Cinco da tarde, evento que dava início oficial às festividades natalinas, uma semana antes da data do Advento e para onde convergiam os colunáveis caruaruenses, emergentes ou veteranos, os seus pares mais considerados.
Por ser uma missa muito concorrida, quando ele chegou já não havia mais lugares disponíveis pra assistí-la sentado e o inditoso Adalberto postou-se de pé, bem na frente do altar (pra que todos observassem a sua esmerada elegância), todo enfatiotado e vaidoso por se saber o centro das atenções ... Afinal, tinha muita gente alí cujo objetivo era muito mais ver seus novos paramentos do que cumprir suas obrigações religiosas - pensava ele, lá com seus chiquéééééérrimos botões.
Pra seu infortúnio, Adalberto esqueceu que a missa, tradicionalmente, era cantada - o que prolonga o tempo de duração em até duas vezes mais do que o convencional - e estando alí há tanto tempo, de pé e empertigado, começou a sentir primeiro uma dormência nas pernas, depois uma tontura, culminando com um mal-estar que foi se agravando, se agravando, até que, de repente, sentiu que as pessoas, inclusive o padre, se comportavam como se estivessem em câmara lenta ... Indo e vindo em sua direção... Os hinos cantados estralavam nos seus ouvidos que nem o apito da fábrica de caroá ou de uma locomotiva desafinada ... Até que fez-se um silêncio mórbido... Passados o que lhe pareceu ser alguns segundos (que, veio a saber depois, na verdade foram mais de 30 minutos), deparou-se com um monte de gente em cima dele, numa balbúrdia infeliz, cada um sugerindo uma ação ... "Afroxa o cinto dele!"- gritava um; "Desabotoa o colarinho!" - falava outro; "Tira-lhe o paletó!" - esbravejava mais um ... Enquanto ele, coitado, ali, deitado, morrendo de dor, apontava pros pés inutilmente, pois a posição do dedo, pra baixo, não oferecia qualquer indício aos socorrentes da origem daquele mal ... "Olha, ele tá apontando pra braguilha ... melhor que lhe tiremos as calças!"- ouviu de alguém... Foi aí que "Sêo" Adalberto, sempre tão elegante, vendo-se a ponto de semelhante indignidade, justamente na Casa do Senhor, juntou todas as suas forças e sussurrou: "Meus sapatos ... Tirem os meus sapatos, pelo amor de Deus!", antes de desmaiar de novo.
É, gente, a vaidade tem feito suas vítimas, mas jamais imaginei que ela pudesse pregar uma peça dessas e justo em alguém assim, um verdadeiro DANDI ... Ou seria BAMBI(?) Sei lá. Só sei que demos muita gargalhada juntos por causa dessa parada.
Foto publicada por: 50minutos.wordpress.com, encontrada na Google/Imagens
EM TEMPO: Essa desfigurada criatura da foto chama-se Jocelyn Wildenstein, uma perua cuja profissão é "Madame Fulano de Tal" que, loira como é, de tanto ser chamada de "gata" quis modificar a sua fisionomia até se assemelhar com o espécime felino para, assim, agradar o seu biliardário marido, que, obviamente, fugiu aterrorizado logo que percebeu o resultado da cirurgia, mas não sem antes dividir o seu patrimônio que era, de fato, o que interessava à MULHER GATO - Informação prestada pela sempre solidária e antenada amiga LUCI LACEY, "A MULHER QUE SABE TUDO". VALEU, LUCI!!!

quarta-feira, novembro 12, 2008

DESABAFO DE MULHER - UTILIDADE PÚBLICA PARA OS HOMENS

Recebí este texto por e-mail, através de Ana Rosa, mas achei-o tão engraçado, além de verdadeiro, que, mesmo extenso, decidí publicá-lo aqui, só pra ver se alguma mulher vai discordar de pelo menos grande parte dele ... (risos)



Desabafo de uma mulher

Quando um homem chama uma mulher para sair, não sabe o grau de estresse que isso desencadeia em nossas vidas. Durante muito tempo, fiquei achando que eu era uma estressada maluca que não sabia lidar com isso mas, conversando com diversas pessoas, cheguei à conclusão de que esse estresse é um denominador comum a quase todas as mulheres, ainda que em graus diferentes (ou será que sou eu que só ando com gente estressada?).O que venho contar aqui hoje é mais dedicado aos homens do que àsmulheres. Acho importante que eles saibam o que se passa nos bastidores.


Você, mulher, está flertando um Zé Ruela qualquer. Com sorte, ele acaba te chamando para sair. Vamos supor, um jantar. Pronto, acabou seu último minuto de paz. Ele diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo'Vamos jantar amanhã?'. Você sorri e responde, como se fosse a coisa mais simples: 'Claro, vamos sim'. Começou o inferno na Terra... Foi dada a largada! Você começa a se reprogramar mentalmente e pensar em tudo o que tem que fazer para estar apresentável até lá. Cancela todos os seus compromissos canceláveis e começa a odisséia.:

Primeiro, você pára de comer... Afinal, quer estar em forma no dia do jantar e mulher sempre se acha gorda. Daqui pra frente, você começa a fazer a dieta do queijo: fica sem comer nada o dia inteiro e, quando sente que vai desmaiar, come uma fatia de queijo branco, muito saudável. Agora, a próxima etapa é fazer mãos e pés. Quem se importa se é inverno e você provavelmente vai usar uma bota de cano alto? Mãos e pés têm que estar perfeitos - e lá se vai uma hora do seu dia. Vocês, homens, devem estar se perguntando: 'Mão tudo bem, mas por que pé, se ela vai de botas?' Lei deMurphy. Sempre dá merda! Uma vez pensei assim e o infeliz me levou para um restaurante japonês daqueles em que a gente tem que tirar o sapato para sentar naqueles tatames. Tomei no cu bonito! Tive que tirar o sapato com aquela sola do pé cracuda, esmalte semi-descascado e cutícula do tamanho de um champignon! Vai que ele te coloca em alguma outra situação impossível de prever, que te obriga a tirar o sapato? Para nossa paz de espírito, melhor fazer mão é pé, até porque boa parte dessa raça tem uma tara bizarra por pé feminino. OBS: Isso me emputece! Passo horas na academia malhando minha bunda e o desgraçado vai reparar justamente onde? Na porra do pé! Isso é coisa de... Melhor mudar de assunto...

As mais caprichosas, além de fazer mão e pé, ainda fazem algum tratamento capilar no salão: hidratação, escova, corte, tintura, retoque de raiz, etc.. E nessa se vai mais uma hora do seu dia. Dependendo do grau de importância que se dá ao Zé Ruela em questão, pode ser que a mulher queira comprar uma roupa especial para sair com ele, ou, ainda, uma lingerie especial, dependendo da "química" que pintar ... Vai que pinta! Pronto, mais horas do dia. Se você trabalha, provavelmente vai ter que fazer as unhas na hora do almoço e correr para comprar roupa no final do expediente em um shopping qualquer. Ah! sim, já ia esquecendo...Tem a depilação! Essa os homens não podem nem contestar. Quem quer sair com uma mulher não depilada, mesmo que seja apenas para um inocente jantar? Lá vai você depilar perna, axila, virilha, sobrancelha etc, etc. Tem mulher que depila até o cu! Mulher sofre! E lá o dia vai ficando mais curto e bem mais doloroso, diga-se de passagem. Parabéns! Você conseguiu montar o alicerce básico para sair com alguém. Pode ir para a cama e tentar dormir, se conseguir. Eu não consigo, fico nervosa. Se prepare, o dia seguinte vai ser tumultuado. Ah sim, você vai dormir, COM FOME, porque a dieta do queijo continua.

Dia seguinte. É hoje seu grande dia. Quando vou sair com alguém, faço questão de dar uma passada na academia no dia, para malhar desumanamente até quase cuspir o pulmão. Não, não é para emagrecer, é para deixar minha bunda e minhas pernas enormes e durinhas (elas ficam inchadas depois de malhar). Mas supondo que você seja uma pessoa normal, vai usar esse tempo para algo mais proveitoso. Geralmente, o Zé Ruela não comunica onde vai levar a gente. Surge aquele dilema da roupa. Com certeza você vai errar, resta escolher se quer errar para mais ou para menos. Se te serve de consolo, ele não vai perceber. Aliás, ele não vai perceber nada. Você pode aparecer de Armani ou enrolada em um saco de batatas, tanto faz. Eles não reparam em detalhe nenhum, mas sabem dizer quando estamos bonitas (só não sabem o porquê e o quanto nos custou). Mas, é como dizia Angie Dickinson: 'Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens'. Não tem como, a gente se arruma, mesmo que eles não reparem.E não adianta pedir indicação de roupa para eles, os malditos não dão sequer uma pista! Claro, para eles é muito simples, só precisam tomar uma chuveirada, vestir uma Camisa Pólo e uma calça e estão prontos, seja para o show de rock, seja para um fondue. Nesse pequeno cérebro do tamanho de um caroço de uva só existem três graduações de roupa: Bermuda + Chinelo, Jeans + Pólo, Calça Social + Camisa Social. Quando você pergunta se tem que ir arrumada é quase certo que abra a boca e diga 'sei lá, normal, roupa normal'. Eles não sabem que isso não ajuda em nada. Escolhida a roupa, com a resignação que você vai errar, para mais ou para menos, vem a etapa do banho. Para mim é uma coisa simples: shampoo + sabonete. Mas para muitas não é. Óleos, sabonetes aromáticos, esfoliação, etc... E o cabelo? Bom,por sorte meu cabelo é bonzinho, não faz a menor diferença se eu lavar com um shampoo caro ou se lavar com Omo, fica a mesma coisa. Mas tem gente que tem que fazer uma lavagem especial, com cremes e etc. E depois ainda vem o secador, a chapinha e prancha . Depois do banho e do cabelo, vem a maquiagem. Nessa etapa eu perco muito tempo. Lá vai a babaca separar cílio por cílio com palito de dente depois de passar rímel. Melhor nem contar tudo que eu faço em matéria de maquiagem, se não vocês vão me achar maluca, digo, mais maluca. Como dizia Napoleão Bonaparte, 'Mulheres têm duas grandes armas: lágrimas e maquiagem'. Considerando que não faço uso das primeiras, me permito abusar da segunda.

Depois vem a hora de se vestir. Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda. É sério, no dia anterior o corpo estava lindo e no dia seguinte... PORCA! Não sei o que é (provavelmente nossa imaginação), mas eu juro que acontece. Muitas vezes você compra uma roupa para um evento, na loja fica linda e na hora de sair fica um cu. Se for um desses dias em que seu corpo está um cu e o espelho está de sacanagem com a sua cara, é provável que você acabe com um pilha de roupas recusadas em cima da cama, chorando, com um armário cheio de roupa gritando 'EU NÃO TENHO ROOOOOUUUUUPAAAA'! O chato é ter que refazer a maquiagem. E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você? Uma gracinha, já vai para o jantar lacrada a vácuo. Se espirrar, a calça perfura o pâncreas.

Ok, você achou uma roupa que ficou boa. Vem o dilema da lingerie. Salvo raras exceções, roupa feminina (incluindo lingerie) ou é bonita, ou é confortável.Você olha para aquela sua calcinha de algodão do tamanho de uma lona de circo. Ela é confortável. E cor de pele. Praticamente um método anticoncepcional. Você pensa 'Eu não vou dar para ele hoje mesmo, que se foda'. Você veste a calcinha. Aí bate a culpa. Eu sinto culpa se ando com roupa confortável, meu inconsciente já associou estar bem vestida ao sofrimento. Aí você começa a pensar 'Mesmo sem dar para ele, ele pode acabar vendo a minha calcinha... Vai que no restaurante tem uma escada e eu tenho que subir na frente dele... se ele olhar para essa calcinha, broxará para todo o sempre comigo...'. Muito puta da vida, você tira a sua calcinha amiga e coloca uma daquelas porras mínimas e rendadas, que com certeza vão ficar entrando na sua bunda a noite toda. Melhor prevenir. Nessas horas a gente emburrece e acha que qualquer deslize que fizer vai espantar o sujeito de forma irreversível. Os sapatos... Vale o mesmo que eu disse sobre roupas: ou é bonito, ou é confortável. Geralmente, quando tenho um encontro importante, opto por UMA PEÇA de roupa bem bonita e desconfortável, e o resto menos bonito, mas confortável. FATO: Lei de Murphy impera. Com certeza me vai ser exigido esforço da parte comprometida pelo desconforto. Ex: Vou com roupa confortável e sapato assassino. Certeza que no meio da noite o animal vai soltar um 'Sei que você adora dançar, vamos sair para dançar! Eu tento fazer parecer que as lágrimas são de emoção. Uma vez um sapato me machucou tanto, mas tanto, que fiz um bilhete para mim mesma e colei no sapato, para lembrar de nunca mais usar!. Porque eu não dei o sapato? Porra...me custou muito caro. Posso não usá-lo, mas quero tê-lo. Eu sei, eu sei, materialista do caralho. Vou voltar como besouro de esterco na próxima encarnação e comer muito cocô para ver se evoluo espiritualmente! Mas por hora, o sapato fica.

Enfim, eu sei que existem problemas mais sérios na vida, e o texto é em tom de brincadeira. Só quero que os homens saibam que é um momento tenso para nós e que ralamos bastante para que tudo dê certo. O ar de tranquilidade que passamos é pura cena. Sejam delicados e compareçam aos encontros que marcarem, ok? E, se possível, marquem com antecedência, para a gente ter tempo de fazer nosso ritual preparatório com calma...Apesar do texto enorme, quero deixar claro que o que eu coloquei aqui é o mínimo do mínimo. Existem milhões de outras providências que mulheres tomam antes de encontros importantes: clarear pêlos (vulgo 'banho de lua'), fazer drenagem linfática, baby liss... enfim, uma infinidade de nomes que homem não tem a menor idéia do que se trata.

Depois que você está toda montadinha, lutando mentalmente com seus dilemas do tipo 'será que dou para ele? É o terceiro encontro, talvez eu deva dar...' começa a bater a ansiedade. Cada uma lida de um jeito. Eu, como boa loser que sou, lido do pior jeito possível. Tenho um faniquito e começo a dizer que não quero ir. Não para ele, ligo para a infeliz da minha melhor amiga e digo que não quero mais ir, que sair para conhecer pessoas é muito estressante, que se um dia eu tiver um AVC é culpa dessa tensão toda que eu passei na vida toda em todos os primeiros encontros e que quero voltar tartaruga na próxima encarnação. Ela, coitada, escuta pacientemente e tenta me acalmar.

Agora imaginem vocês se, depois de tudo isso, o filho da puta liga e cancela o encontro? 'Surgiu um imprevisto, podemos deixar para a semana que vem?' Gente, não é má vontade ou intransigência, mas eu acho inadmissível uma coisa dessas, a menos que seja algo muito grave! Eu fico puta, puta, PUTA da vida! Claro, na cabecinha deles não custa nada mesmo, eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro deles. Se eles soubessem o trabalho que dá, o dinheiro gasto, o estresse e o tempo perdido... nunca ousariam remarcar nada. Se fode aí! Vem me buscar de maca e no soro, mas não desmarque comigo! Até porque, a essas alturas, a dieta radical do queijo está quase te fazendo desmaiar de fome, é questão de vida ou morte a porra do jantar! NÃO CANCELEM ENCONTROS A MENOS QUE TENHA ACONTECIDO ALGO MUITO,MUITO, MUITO GRAVE! A GENTE SE MOBILIZA DEMAIS POR CAUSA DELES!

Suponhamos que ele venha... Ele liga e diz que está chegando. Você passa perfume, escova os dentes e vai. Quando entra no carro já toma um eufemismo na lata 'MMM... ta cheirosa!' (tecla sap: 'Passou muito perfume, porra'). Ele nem sequer olha para a sua roupa. Ele não repara em nada, ele acha que você é assim ao natural. Eu não ligo, acho homem que repara muito meio viado, mas isso frustra algumas mulheres. E se ele for tirar a sua roupa, grandes chances dele tirar a calça junto com a calcinha e nem ver. Pois é, Minha Amiga, você passou a noite toda com a rendinha atochada no rego (que por sinal custou muito caro) para nada. Homens, vocês sabiam que uma boa calcinha, de marca, pode custar o mesmo que um MP4? Favor tirar sem rasgar!!

Quando é comigo, passo tanto estresse que chego no jantar com um pouco de raiva do cidadão. No meio da noite, já não sinto mais meus dedos dos pés, devido ao princípio de gangrena em função do sapato de bico fino. Quando ele conta piadas e ri, eu penso 'É, eu também estaria de bom humor, contando piada, se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando no colo do meu útero'. A culpa não é deles, é minha, por ser surtada com a estética. Sinto o estômago fagocitando meu fígado, mas apenas belisco a comida de leve. Fico constrangida de mostrar toda a minha potência estomacal assim, de primeira.

Para finalizar, quero ressaltar que eu falei aqui do desgaste emocional e da indisponibilidade de tempo que um encontro nos provoca. Nem sequer entrei no mérito do DINHEIRO. Pois é, tudo isso custa caro. Vou fazer uma estimativa POR BAIXO, muito por baixo, porque geralmente pagamos bem mais do que isso e fazemos mais tratratamentos estéticos:


Roupa.............................................................R$120,00
Lingerie..........................................................R$ 50,00
Maquiagem....................................................R$ 30,00
Sapato............................................................R$ 90,00
Depilação.......................................................R$ 50,00
Mão e pé........................................................R$15,00
Perfume.........................................................R$ 80,00
Pílula anticoncepcional................................R$ 25,00

Ou seja, JOGANDO O VALOR BEM PARA BAIXO, gastamos, no barato, R$ 450 para sair com um Zé Ruela. Entendem porque eu bato o pé e digo que homem TEM QUE PAGAR O MOTEL? A gente gasta muito mais para sair com eles do que eles com a gente!



Autor desconhecido

segunda-feira, novembro 10, 2008

ÔNIBUS LOTADO - TÔ FORA!



Definitivamente, pegar ônibus não é minha praia. Sabe aquelas coisas que você fala pra si mesmo "ISSO SÓ ACONTECE COMIGO"? Pois eu estou convencida de que essa frase deveria ser minha, principalmente quando relembro o tempo em que eu dependia dos coletivos urbanos pra me deslocar até o local de trabalho. Sim, porque eu jamais topei qualquer programa de lazer que envolvesse esse sacrifício, pelo menos aqui em Recife. É que eu passava tão mal nessas verdadeiras latas de sardinha, que por diversas vezes cheguei a chorar de desespero, acreditem!


Começou quando, recém-chegada à capital e morando temporariamente na casa de uma das minhas irmãs, no subúrbio, tive que trabalhar no centro da cidade. Não que eu já não tivesse experiência em labutar pra sobreviver, mas na minha cidade natal tudo era pertinho e a gente costumava ir a pé pra qualquer canto, mesmo os mais distantes, até porque lá não existia, então, essa invenção dos diabos que é o ônibus coletivo!


Quando ele vinha lotado era um verdadeiro horror pra mim, porque, do alto do meu metro e meio, jamais conseguia alcançar as barras do teto, o que me deixava vulnerável às violentas brecadas dos motoristas que pareciam se divertir com as minhas derrapadas por cima dos meus pares, muitas vezes com desfechos bizarros como o abrupto sentar no colo das pessoas que estavam acomodadas em suas poltronas, o que acontecia quase sempre.

Outra situação torturante era suportar o cheiro nauseabundo das pessoas, que exalavam toda sorte de mau-odor: Do suor dos sovacos ao já famoso "CC", passando pelos fétidos hálitos dos que conversavam acima de mim, além dos perfumes baratos que se misturavam àquele concentrado de fedor, tudo me incomodava. Logo eu, que tenho um olfato apuradíssimo! Pra aliviar um pouco, eu comecei a desenvolver uma técnica de prender a respiração até não suportar mais e, assim, conseguia diminuir a intensidade de tempo em que ficava à mercê desses odores, mas isso acabava me fazendo fazendo passar mal, pois os gases iam se acumulando e me causavam muitas dores no abdomen ... Um horror!


Afora tudo isso, ainda tinha aquelas pessoas de comportamento estranho, que ora faziam rir, ora metiam medo, como uma mulher enorme que, sentada junto de mim, tentou me forçar a seguí-la, segurando-me com força pra que eu não descesse do coletivo quando percebí a sua intenção, somente me soltando quando eu gritei por socorro e as pessoas a seguraram pra que eu conseguisse sair dali; lembro de outra senhora que começou a avaliar o meu peso em ouro, citando os preços de cada peça que eu usava: dos brincos ao par de meias finas!
Teve, também, uma ocasião em que estava acontecendo nada mais, nada menos, que uma partida de futebol dentro do coletivo, enquanto um monte de homens desocupados jogava carteado regado a uma garrafa de "caninha 51" e cujo tiragosto era um pacote de bolachas cream cracker. Lá atrás, um bando de crianças entoava, alto e bom som, o mais recente sucesso da Xuxa, naturalmente batucando o acompanhamento na lataria do carro ... Isso às 07:ooh da matina, gente!
Houve um dia em que um cidadão, com complexo de Caruso, danou-se a cantar bem alto no meu ouvido a música "FEELING", de Morris Albert. Só que, pro meu desespero, ele só sabia essa palavra, "feeling", que vem a ser, exatamente, a nota mais aguda da canção ... Então ela abria o bocão e gritava: 'FEEEEEELING ... Ô, Ô, Ô FEEEEEEEEEEEEEEEEEELING ..." E sofejava o resto da melodia... Daí a pouco lá vinha o grito: "FEEEEEEEEEEELING ... Ô, Ô, Ô FEEEEEEEEEEEEEELING ..." Essa tortura durou todo o percurso e eu cheguei em casa estourando de dor-de-cabeça, é claro!
Como não poderia deixar de ser, além dos tarados de todos os tipos deparei também com uma "tarada", que passou a mão em mim, apertando as minhas coxas e sussurrando "que pernas gostosas" no meu ouvido ... Ai, ai, ai ... Não prestou, não, porque eu descí do salto e, mesmo de mini-saia, mandei-lhe um chute na barriga, que ela sobrou lá num canto, enquanto um senhor idoso vibrava com o meu feito e me dava cobertura pra sair dalí, esbaforida e chorando de vergonha.
Mas o ápice da minha tolerância aconteceu, mesmo, quando um mendigo entrou no ônibus, de carona, aboletou-se na porta por onde todos tinham que passar ao descer, empreendeu um papo amigável com o motorista descontraidamente, chamando a atenção e os olhares de todos para si, inclusive o meu, que se esbugalhou horrorizado com o que ví: O homem portava, em seu ombro, o seu animalzinho de estimação, que ele dizia ser seu melhor amigo: Um tremendo ratão cinzento, que passeava, lépido e fagueiro, pelas suas costas, como se estivesse em qualquer esgoto do seu habitat!!! Claro que pra eu descer o sujeito teve que, muito a contragosto e dizendo impropérios mil, abrir caminho, se afastando do veículo a uma distância segura pra que eu saísse correndo.
Esta ocorrência marcou o fim da minha experiência como passageira, definitivamente.
É por isso que eu digo, sem medo de errar: ESSAS COISAS SÓ ACONTECEM COMIGO, PORRA! ÔNIBUS LOTADO, NUNCA MAIS!




terça-feira, novembro 04, 2008

REGINA LEWINSKY ESTRÉIA NO JORNAL DA LUA - RETRATAÇÃO PÚBLICA






Começo este post corrigindo uma falha clamorosa pela qual peço perdão ao meu querido amigo Bill Falcão, do já consagrado periódico JORNAL DA LUA, que publicou, em 18.10.2008, um dos meus textos antigos, intitulado "SÊO NÔ", um causo real acontecido lá pras bandas do meu torrão natal, no agreste pernambucano. Pois não é que eu, desligada que nem geladeira de pobre, esquecí de divulgar em tempo essa minha estréia como feliz repórter do JL(!)? Pois é, pois é, pois é ...!
Acho que fiquei tão eufórica por ver lá o meu nome de guerra e respectiva caricatura, que fiquei curtindo a minha vaidade sozinha, aqui, bem metida a besta. É gente, ninguém se iluda pensando que guardei só pra mim por humildade, não! Foi exatamente o contrário ... Só que, com a minha lezeira, acabei restringindo o número dos meus próprios leitores ...tsc, tsc, tsc... A minha mãe chama de "carrapato com tosse" alguém que quer ser o que não é. Onde já se viu estreiar num jornal, como repórter convidada e não espalhar pros quatro cantos do mundo tamanha ascensão? Alguém aí conhece jornalista sem leitores? Apresento a vocês ... EUZINHA! Ainda bem que, devido ao grande prestígio do JL, o seu público é muito vasto e fiel. Assim, obtive uma visitação bem significativa... Mas faltaram vocês, que me toleram e prestigiam há tanto tempo e cujos comentários me fortalecem e estimulam tanto.
Pois agora eu encho o peito e aviso pra todos, os que já conhecem o texto e os que ainda não o leram: ESTOU NO JORNAL DA LUA, GENTE!
Lá, adotei o pseudônimo de "REGINA LEWINSKY", a única que tem tatuado, no braço, o nome do seu criador.

Ainda não produzí um texto específico pro Jornal da Lua, mas prometo nunca mais cometer essa gafe e avisá-los-ei (adoro mesóclises!) assim que o fizer, ok?

Bill, querido: Pra você, bato cabeça e peço vênia!




Só pra descontrair, aí vão as últimas piadas que ouví:


UMA BEM PESADA:

Um repórter de jornal televisivo pergunta a um rapaz na rua:
- Por favor, você pode me dizer o que gosta mais de comer na vida?
- Cu com leite condensado.
- Qual é, cara! Seja um pouco mais discreto, afinal estamos numa transmissão ao vivo, em rede nacional.
- Eu até que disfarcei porque, na verdade, nem gosto de leite condensado…


E UMA MAIS LEVE, pra aliviar:
A aluna estava coçando a cabeça sem parar e sua professora perguntou:
- É piolho?
- Era. Ele morreu.
- E por quê você continua a coçar?
- É que a família do filho da puta veio toda pro enterro.

segunda-feira, outubro 27, 2008

OS PRIMÓRDIOS DA "ENVELHECÊNCIA" E O DILEMA DO FIM DO "TOC"




A tal da envelhecência é uma coisa desagradável, incômoda e assustadora. Neguinho tem que segurar sua onda pra não pirar, quando começa a detectar os primeiros sintomas dessa fase crítica da sua vida. O primeiro aviso se dá quando você passa a ser tratada(o) com certa reverência por pessoas desconhecidas ... É um tal de "senhor" e "senhora", "tio" e "tia", que não dá pra aguentar. Não adianta empregar a velha frase: "A Senhora tá no céu", etc e tal, que o máximo que você vai conseguir do seu interlocutor é uma indulgente risadinha com aparência de graciosa, mas que encerra um tremendo e desconfortável sarcasmo, traduzido pelo pensamento "Coitada, tá pensando que ainda é jovem ... tsc, tsc, tsc ...".


Nunca esquecí do momento exato em que esse tipo de coisa começou a me incomodar. Eu estava organizando a primeira fila-única que estava sendo implementada no banco onde trabalhava, arretada da vida porque as pessoas insistiam em se espalhar pela agência, mesmo orientadas a permanecer entre as cordas que delimitavam a sua ordem de chegada, quando um homem, aparentando já uma meia-idade, me abordou, dizendo: "TIA, A SENHIORA PODE ME DIZER SE A FILA DO PIS É AQUI TAMBÉM?". Ah! Pra quê? Enquanto os amigos do meu filho se reportavam a mim dessa maneira, tudo bem! Mas um sujeito com aquela aparência de coroa me chamar de tia e senhora, foi demais! Só podia ser gozação! Foi aí que eu perdí as estribeiras e falei pra ele: "A SENHORA É A SUA MÃE, QUE FOI QUEM LHE PARIU E TIA PODE SER A IRMÃ DELA, NÃO EU ... FAZ GRAÇA NÃO! Pois é, gente. Perdí a compostura e saí do sério, mas aquilo ficou martelando a minha vaidade. Ah, ficou!


Envelhecer é, mesmo, uma merda, como diz o meu filosófico irmão. Não adiantam as "palavras que consolam", tipo: Que nada, o espírito não envelhece; Velhas são as estradas; Você ainda (o tal do "ainda" é que é foda!) é muito jovem; Você não mudou em nada desde a última vez que lhe ví, etc... Enquanto a gente constata que "nada será como antes, amanhã", quando até as nossas maniazinhas inofensivas, que alguns chamam de TOC - Transtorno Obsessivo-Compulsivo, ficaram "demodé".


É, gente, esse negócio de TOC, por mais que queiramos negar, acaba se tornando uma realidade, até nas melhores famílias de Caruaru. Eu até já confessei aqui alguns dos meus, sendo um deles a mania de ler as palavras de trás pra frente e o outro a de somar placas de carro e tirar os "noves-fora". E nem venham me taxar de doida, porque até o meu querido, amado e idolatrado Chico Buarque de Holanda já confessou que também é portador de todos dois ... Ah, essas nossas afinidades (minha e dele... suspiros)!


Agora vocês imaginem a minha frustração quando, há poucos dias, descobrí que o meu toc está fadado ao ostracismo, simplesmente porque NÃO EXISTE MAIS A PROVA DOS NOVE! Como assim? Acabou o "noves-fora" e eu nem sabia? E agora, como é que eu vou saber o resultado da soma dos números das inúmeras placas de carro que encontro no dia-a-dia??? Além desse dilema cruel, ainda vem mais uma cacetada na minha cabeça: ESTOU TÃO VELHA, QUE AINDA SOU DO TEMPO DOS NOVES-FORA!


SOCOOOOOOOOORRRRRRRRROOOOO! PRECISO DE UM TERAPEUTA, URGENTEMENTE!!!






Imagem extraída do google

sexta-feira, outubro 17, 2008

JUSTIÇA DA PORRA!

Recebí por e-mail e repasso a vocês, não só pra mostrar o inusitado da questão, como pra deixar bem claro uma coisa: HOMEM NÃO MANDA MAIS EM PORRA NENHUMA! - Nem na dele próprio.



'Justiça Americana decide: esperma é propriedade da mulher!'*

**
Usar esperma para engravidar sem autorização do homem não caracteriza roubo porque uma vez ejaculado, o esperma se torna propriedade da mulher.

O entendimento é de uma corte de apelação em Chicago, nos Estados
Unidos, que devolveu uma ação por danos morais à primeira instância para análise do mérito.

Nela, o médico Richard Phillips acusou a colega Sharon Irons de 'traição
calculada, pessoal e profunda' ao final do relacionamento que mantiveram durante seis anos.

Sharon teria guardado o sêmen de Richard depois de fazerem sexo oral e
usado o esperma para engravidar.

Richard Phillips alegou ainda que só descobriu a existência da criança
quando Sharon ingressou com ação exigindo pensão alimentícia.

Depois que testes de DNA confirmaram a paternidade, o médico processou Sharon por danos morais, roubo e fraude.

Os juízes da corte de apelação descartaram as pretensões quanto à fraude e roubo afirmando que 'a mulher não roubou o esperma'.


O colegiado levou em consideração o depoimento da médica. Ela afirmou que quando Richard Phillips ejaculou, ele entregou seu esperma, deu 'de presente'.

Para o tribunal, 'houve uma transferência absoluta e irrevogável de
título de propriedade já que não houve acordo para que o esperma fosse
devolvido'.

Com essa decisão agora é oficial: 'os homens não mandam mais em porra
nenhuma!'

Desculpem, rapazes, mas isso também serve como alerta pra que vocês sejam mais reservados ao doar esse "presente" a qualquer uma por aí. Pra mim, isso é o verdadeiro "presente de grego" ... Eu, hein?


--

segunda-feira, outubro 13, 2008

QUEM SE INTERESSA POR ESSAS "VANTAGENS"?

As vantagens adquiridas quando se chega a uma certa idade:


1. Os seqüestradores não se interessam mais por você.


2. De um grupo de reféns, provavelmente será um dos primeiros a ser libertado.

3. As pessoas lhe telefonam às nove da manhã e perguntam: 'te acordei?'

4. Ninguém mais o considera hipocondríaco.

5. As coisas que você comprar agora não chegarão a ficar velhas.

6. Você pode, numa boa, jantar às seis da tarde.

7. Você pode viver sem sexo, mas não sem os óculos.

8. Você curte ouvir histórias das cirurgias dos outros.

9. Você discute apaixonadamente sobre planos de aposentadoria.

10. Você dá uma festa e os vizinhos nem percebem.

11. Você deixa de pensar nos limites de velocidade como um desafio.

12. Você pára de tentar manter a barriga encolhida, não importa quem entre na sala.

13. Você cantarola junto com a música do elevador.

14. A sua visão não vai piorar muito mais.

15. O seu investimento em planos de saúde finalmente começa a valer a pena.

16. As suas articulações passam a ser mais confiáveis do que serviço de meteorologia.

17. Seus segredos passam a estar bem guardados com seus amigos,porque eles os esquecem.

18. 'Uma noite e tanto', significa que você não teve que se levantar para fazer xixi.

19. Sua mulher diz 'vamos subir e fazer amor', e você responde: 'escolha uma coisa ou outra, não vou conseguir fazer as duas!'.

20. As rugas somem do seu rosto quando você está sem sutiã.

21. Você não quer nem saber onde sua mulher vai, contanto que não tenha que ir junto.

22. Você é avisado para ir devagar pelo médico e não pelo policial.

23. 'Funcionou ', significa que você hoje não precisa ingerir fibras.

24. 'Que sorte!', significa que você encontrou seu carro no estacionamento.

25. Você não consegue se lembrar quem foi que lhe mandou esta lista.



Afinal, TINHA que haver alguma vantagem, né?



Recebido por e-mail.

quinta-feira, outubro 09, 2008

MULHER GOSTA DE APANHAR???!!!


"SEU NELSON RODRIGUES

PARA DE TANTO FALAR

MULHER QUE É MULHER

N ÃO GOSTA DE APANHAR"

Foi através da letra dessa marchinha de carnaval que eu ouví falar pela primeira vez na execrável frase do polêmico escritor e teatrólogo pernambucano, NELSON RODRIGUES , por quem durante muito tempo nutrí uma antipatia visceral em função dessa exdrúxula análise sobre a alma feminina ... "Mulher gosta de apanhar" ... Quem era ele, pra falar assim, com tanta pretensa propriedade, do que vai no âmago da mulher?. Eu sou mulher e não gosto de apanhar e ai daquele que ousar, sequer, insinuar bater em mim - divagava, remoendo impropérios e sonhando encontrar esse sujeito pela frente, pra ele ver quem é que gostava de apanhar. Como isso era quase impossível, me vingava odiando tudo o que ele escrevia; não vendo os seus filmes, nem acompanhando novelas ou minisséries baseadas nas suas baboseiras. Quer saber? Nem ENGRAÇADINHA, tão badalada, eu assistí, sob protesto! A gota d'água foi saber que, além do porco chauvinista que demonstrava ser, ainda se tornou desafeto de ninguém menos que Chico Buarque, que eu amo de paixão. Aí foi demais! Numa espécie de neura mucho loca, comecei a imaginar que o negócio era comigo, era pessoal, tinha certeza! Ele tá usando Chico pra me atingir! - pensei. Dá pra ter uma idéia de como esse sujeito me era intragável, agora?

Pois eu acho que ele deve é tá dando gargalhadas de mim, lá debaixo dos sete palmos - Que Deus o tenha (se for possível)! Depois do que eu ví acontecer sob o meu nariz, não duvido de mais nada e, em alguns casos, até lhe dou razão, em parte: Realmente HÁ MULHERES QUE GOSTAM DE APANHAR(!). Sem generalizações injustas, é claro. Nunca pensei que fosse admitir isso, um dia, mas agora estou certa de que, como o ditado diz, "Tem doido pra tudo" mesmo!

Mas eu tô me perdendo em divagações e acabo não dizendo do que se trata este meu post. Vou explicar o porquê da minha mudança de ótica, então: Como acontece sempre aos domingos, à tardinha, eu costumo fechar o meu findi ao som de um chorinho delicioso, regado a uisque ou cuba-libre num bar de um amigo (que ninguém é de ferro, né, pessoal?) e lá conhecí uma moça que faz jus a essa categoria de mulheres que gostam de apanhar ou, como se diz hoje em dia, "MULHERES QUE AMAM DEMAIS" (?), embora eu as considere "MULHERES QUE SE AMAM DE MENOS". Juro que eu achei que era exagero das pessoas que comentavam isso, pois nunca havia percebido o que se passava bem ali, à vista de todos, até o último domingo, quando ela, tendo chegado mais tarde, ficou sem mesa e pediu pra sentar comigo e minhas irmãs, que já estávamos acomodadas. O seu companheiro já se encontrava no recinto, também e, como costuma dar uma "palhinha", cantando e tocando percussão com o conjunto musical "Pedacinho do Céu", responsável pela animação, estava lá no palco, mas sempre de olho na moça, que parecia uma estátua, com medo até de se mexer, tal era a sua vigilância cerrada em cima dela.

Eu percebí que vez em quando ele vinha junto dela, falava um monte no seu ouvido e voltava pro palco. Numa dessas vezes o ouví gritar muito com ela mas, como o som do chorinho abafava os seus gritos, não conseguia detectar o que ele dizia. Comecei a me inquietar quando, olhando de soslaio, a ví chorando, embora tentasse disfarçar ... "Isso aqui não vai prestar "- pensei. Eu me conheço e sei que se aquele cara fosse bater na mulher alí, na minha mesa, eu não iria me segurar ... Foi então que uns amigos que se encontravam em uma mesa vizinha me chamaram pra dizer que estavam revoltados porque todas as vezes em que o sujeito veio junto da tal moça, sem que nós percebêssemos, dava-lhe socos e puxava-lhe os cabelos disfarçadamente e ela, pra não dar bandeira, suportava tudo ali, chorando em silêncio, evitando o vexame junto a nós. Quando eu os questionei sobre o fato de assistirem, impassíveis, àquele abuso, eles me falaram que já haviam interferido, uma vez, mas ela, ao contrário de ficar agradecida pela sua defesa, havia cortado relações com todos eles, dizendo que não se metessem em sua vida, pois ela sabia bem o que fazia e ninguém tinha o direito de lhe prestar uma ajuda que ela não pediu... É mole?

Fiquei sabendo, também, que a tal mulher havia se indisposto com um outro amigo meu, que é dono de outro barzinho, porque ele, tendo assistido uma agressão do cara contra ela, no seu estabelecimento, proibiu-o de voltar ali e não mais serviu-lhe bebidas. Isso foi o suficiente pra mim, que nunca mais correrei o risco de sentar com ela em lugar algum, pois sei que não vou conseguir deixar barato caso ele venha a agredí-la na minha frente, mesmo com a sua própria conivência.

Doravante vou tentar compreender NELSON RODRIGUES, embora ainda não concorde com a generalização do termo que eu, com a sua devida vênia, adaptaria pra "HÁ MULHERES QUE GOSTAM DE APANHAR", ainda assim, com alguma cautela. Esse negócio de que "um tapinha não dói", definitivamente, não dá pra mim!

segunda-feira, outubro 06, 2008

MEU PAI - UM PSICÓLOGO ÁS AVESSAS?

Hoje é segunda-feira, o "dia das almas", segundo não sei quem. Aprendí isso na minha infância mas, como tudo o mais que se nos ensinavam, ninguém jamais explicava a origem das crendices e, assim, as crianças assimilavam as informações sem questioná-las, pra não complicar a vida dos pais. Só muito mais tarde comecei a usar minha própria lógica pra compreender as coisas ao meu redor, porque o que os pais diziam, fosse o que fosse, era uma verdade absoluta (O que o meu pai dizia, então, nem se fala!).



Lí no post da Ane Brasil sobre casas mal-assombradas cuja existência povoava as fantasias infantis do nosso tempo, o que me trouxe à lembrança as então apavorantes noites de segunda-feira dos meus idos de menina, num tempo em que não havia TV e meu pai costumava reunir sua prole ao redor da enorme e pesada mesa da nossa sala de jantar para ouvir o rádio, contar "histórias de trancoso", ler contos, poesias e folhetos de cordel, após tomar as nossas lições de casa.

Para cada noite havia uma programação diferente, logo depois do terço, que ele rezava junto conosco e os seus "socorridos" (pessoas que ele abrigava numa vila construída com suas próprias mãos, retirantes da seca do sertão em busca de sobrevida no agreste, região mais próspera, então), mas nas segundas-feiras o tema era, sempre, o MAL-ASSOMBRO, que a gente adorava porque havia todo um ritual para ter início: Primeiro, sintonizava-se a RÁDIO DIFUSORA DE CARUARU ( hoje extinta e substituída por um Shopping Center), cujo programa principal tinha o sugestivo nome de "ASSOMBRAÇÃO, MISTÉRIOS DOS MORTOS", onde eram narrados contos os mais tenebrosos. O locutor começava dizendo: "APAGUEM AS LUZES (e o meu pai as apagava!) porque vai começar ... (vinheta sonora apavorante,, com direito àquela característica gargalhada gutural, no final) ASSOMBRAÇÃO, MISTÉRIOS DOS MORTOS!!!". A gente começava ouvindo, cada um, sentadinho na sua cadeira mas, no final, quando as luzes se acendiam, estávamos todos agarradinhos um ao outro e todos no seu colo ou pendurados nele, num cantinho da sala, no chão ... Ai, ai! Ô sodade, sô!

O curioso é que essa verdadeira tortura semanal não deixou qualquer marca em nenhum de nós e, hoje, ninguém na família é estressado com o tema ou tem medo de escuro. Mesmo naquela época, eu me levantava pra ir ao banheiro, madrugada a fora, sem acender as luzes, pra não acordar os outros e sem um pingo sequer de medo de "alma do outro mundo" que viesse me apavorar. E olha que o banheiro de casa era lá no fundo de um quilométrico quintal!

Essa "psicologia às avessas" parece ter, de alguma forma, contribuído para o nosso destemor ante o desconhecido mundo do além. Fosse hoje, o meu pobre pai estaria nas malhas da justiça, com o DPCA (Departamento de Proteção à Criança e ao Adolescente) na sua cola.

Se vivo estivesse, teria completado, no último dia 01 de outubro, 102 anos. A ele devo tudo o que sou, principalmente a minha paixão pelas letras. Com ele aprendí não só a ler, como a gostar de ler e escrever e, principalmente, a amar a Deus sobre todas as coisas. "Naquela mesa" ele não só contava histórias, como as inventava; "Naquela mesa" ele lia "ZÉ LIMEIRA, O POETA DO ABSURDO"; GRACILIANO RAMOS; ÉRICO VERÍSSIMO; JOSÉ DE ALENCAR; OLAVO BILAC; AGOSTINHO DOS ANJOS; GILBERTO FREYRE; GUIMARÃES ROSA e tantos outros ... Mas o que eu mais gostava era o livro "BRASIL CABOCLO", do escritor ZÉ DA LUZ, cheio de poesia matuta, de conteúdo ora pungente, ora engraçado, que começava assim:

" O qui é Brasí Caboco?
É um Brasi diferente
do Brasí das capitá.
É um Brasi brasilêro,
sem mistura de instrangero,
um Brasi nacioná"!



E terminava assim:

"É o Brasi das caboca,
qui de noite se dibruça,
machucando o peito virge
no batente das jinela...
Vendo os caboco pachola
qui geme, chora e soluça
nas cordas de uma viola,
ruendo paxão pru ela!


É esse o Brasi caboco.
Um Brasi bem brasilero,
sem mistura de instrangêro
Um Brasí nacioná!


Brasi, qui foi, eu tô certo
argum dia discuberto,
pru Pêdo Arves Cabrá".



Meu pai, JÚLIO SIMÕES DE OLIVEIRA, na sua simplicidade, foi o homem mais perfeito que Deus, um dia criou. A única pessoa, em carne e osso, que eu conhecí, capaz de amar a humanidade inteira com a mesma intensidade; que viveu para os pobres e para Deus, aplicando à sua vida os Seus ensinamentos integralmente. Que, ao morrer, deixou um legado de honradez, honestidade e nobreza de caráter hoje quase extintos. Sua obra concreta em favor dos excluídos até hoje perdura: Uma vila de casinhas, com uma capela (que tem o seu nome), na qual ainda moram famílias que não podem pagar aluguel. Foi um santo em vida (já existem relatos de pessoas que lhe fazem promessas e as alcançam) e espero que o seja, também, pós-morte - O meu irmão costuma dizer que "Se pai não estiver no céu, eu tô lascado!"- Eu digo o mesmo.

Nunca tive a chance de lhe dizer o quanto o amava e admirava pois, como homem rude e sofrido, não era com afagos e beijos que demonstrava o seu carinho para conosco, embora nenhum de nós, hoje, tenha qualquer dúvida do quanto ele nos amou. Aproveito, agora, para encher o peito e gritar: PAI, EU TE AMO!

ABENÇA, PAI!!!

quarta-feira, outubro 01, 2008

VAMOS VOTAR, PESSOAL!


Eu sei que muita gente ainda não se decidiu sobre qual candidato vai merecer o seu voto nas próximas eleições, então resolví pesquisar pra dar uma forcinha aos indecisos. Se você, homem ou mulher, gosta da fruta, este aqui é uma boa opção; Embora o mercado deste produto esteja mais que saturado, ainda há (graças a Deus!) uma grande demanda dele na praça:






E como vivemos, pelo menos teoricamente, numa democracia, apresento o outro lado da preferência popular. Este aqui não deixa qualquer dúvida quanto às suas promessas de campanha. Alguns podem até se escandalizar com a falta de sutileza do sujeito, mas estou certa de que as mulheres, principalmente, hão de saber avaliar as suas qualidades, atribuindo-lhe o real valor; Até porque, indubitavelmente a procura vem superando, em muito, a oferta mercadológica, é ou não é?






Pra democratizar ainda mais e demonstrar a minha total isenção ao preconceito, embora eu não esteja, definitivamente, enquadrada na tribo GLS, aí vai a alternativa pras meninas cujos pezinhos (?) estão mais pro coturno alemão do que pro sapatinho de cristal da Cinderela:









Por fim, fechando a minha lista politicamente correta, sugiro este digno representante dos rapazes alegres que têm como bandeira o arco-íris, embora saibamos que a sua classe já está mais do que representada em todos os escalões do poder:









Espero, assim, ter contribuído democraticamente pra suas tomadas de decisões conscientes e amadurecidas.