sexta-feira, dezembro 22, 2006

DESABAFO A "PAPAI" NOEL - OU O FIM DA INOCÊNCIA

"PAPAI" NOEL,

GOSTARIA DE FAZER PARTE DESSA IMENSA MASSA QUE LHE REVERENCIA E LHE VÊ COM OLHOS DOCES E TERNOS; GOSTARIA DE TER VIVIDO A ILUSÃO DA SUA EXISTÊNCIA COM A MESMA PERSPECTIVA QUE MILHÕES DE PESSOAS, NO MUNDO INTEIRO, O VÊEM: UM VELHINHO CAMARADA, BOA PRAÇA E SANGUE BOM, QUE ?NÃO SE ESQUECE DE NINGUÉM?.
CONFESSO QUE CHEGUEI A ACREDITAR NA BONDADE DO SEU CORAÇÃO, MAS MUITO CEDO COMECEI A VISLUMBRAR QUE TALVEZ EU NÃO FOSSE UMA MENINA MÁ, E QUE, NO CASO, VOCÊ É QUE PODERIA SER O VILÃO DA MINHA INOCÊNCIA.

NO COMEÇO, TUDO ERA PERFEITO. CRIANÇA POBRE, CRIADA COM UM MONTE DE IRMÃOS, VIZINHOS, AMIGOS E PARENTES IGUALMENTE POBRES, MAS FELIZES ... MUUUUITO FELIZES! O NATAL ERA, REALMENTE, UMA FESTA ANSIOSAMENTE ESPERADA, QUE REPRESENTAVA A MELHOR ÉPOCA DO ANO, PELAS RAZÕES MAIS QUE JUSTIFICÁVEIS: A PERSPECTIVA DA ESTRÉIA DE VESTIDOS E SAPATOS NOVOS (A GENTE SÓ TINHA ISSO EM DUAS OCASIÕES, NO ANO: NO SÃO JOÃO E NO NATAL); O PASSEIO ATÉ O PARQUE DE DIVERSÕES ? CAVALINHOS, BARQUINHOS E AVIÕEZINHOS RODOPIANTES QUE NOS LEVAVAM AO PARAÍSO DA EXISTÊNCIA HUMANA ? A VISITA AO PRESÉPIO ERGUIDO NA CALÇADA DA IGREJA; O PASTORIL, COM SUAS PASTORAS, CIGANAS, BORBOLETAS E REIS MAGOS REPRESENTANDO OS CORDÕES AZUL E ENCARNADO, CUJA ACIRRADA DISPUTA DIVIDIA A POPULAÇÃO DA MINHA CIDADE E, POR FIM, A MISSA CAMPAL (A CHAMADA ?MISSA DO GALO?) ? O ÁLIBI PERFEITO PARA TERMOS A PERMISSÃO DE FICARMOS ACORDADOS ATÉ A MADRUGADA! TUDO ISSO SEM CONTAR COM A MARAVILHA QUE SIGNIFICAVAM AS FÉRIAS ESCOLARES POR PERÍODO MAIOR QUE AS DO MEIO DO ANO, O QUE GARANTIA AS BRINCADEIRAS DE RODA, DE PIQUE-BANDEIRA, DE ESCONDE-ESCONDE, DE ?PASSARÁS, PASSARÁS?, DE PASSAGEM DO ANEL, ETC... ATÉ MAIS TARDE, CULMINANDO COM O GRANDE MÉRITO DE PODERMOS ACORDAR DEPOIS DA HORA CONVENCIONAL, JÁ QUE NÃO TÍNHAMOS AULAS.

ANTES DE CONHECER AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS DENOMINADAS ?PRESENTE DE NATAL?, OU ?PAPAI NOEL?, O MEU PEQUENO MUNDO ERA DE UMA PUREZA IMACULADA E DE UMA ISONOMIA CRISTALINA, POIS TODAS AS CRIANÇAS DO MEU CONVÍVIO ESTAVAM NO MESMO PATAMAR E, COMO EU, NUNCA TINHAM VIVIDO A EXPERIÊNCIA DESSA PERSPECTIVA.

MAS ISSO MUDOU DEPOIS QUE ALGUÉM ME FALOU SOBRE O TAL ?BOM VELHINHO?. A PARTIR DE ENTÃO, TODOS OS FOLGUEDOS, ROUPAS E SAPATOS NOVOS, FÉRIAS, ETC... TUDO AQUILO SUCUMBIU DIANTE DA POSSIBILIDADE DE VIR A SER PREMIADA POR TER SIDO UMA BOA MENINA DURANTE O ANO INTEIRO. FOI UM TAL DE ESCREVER CARTINHAS COM O MESMO PEDIDO POR ANOS A FIO (UMA BONECA ?AMIGUINHA? ? SONHO JAMAIS REALIZADO!) PARA PÔR NA JANELA; DE DEIXAR OS CALÇADOS AO PÉ DA CAMA; DE PASSAR NOITES DE NATAL BRIGANDO CONTRA O SONO PRA FLAGRAR A TÃO ESPERADA CHEGADA PARA, POR FIM, DEPARAR, DECEPCIONADA E FRUSTRADA (SENSAÇÃO TOTALMENTE NOVA NO MEU ESPÍRITO INFANTIL) , COM O PAR DE CHINELINHOS VAZIOS E O BILHETINHO NO MESMO LUGAR, MOLHADO PELO ORVALHO DA MANHÃ. DEPOIS, COM OS OLHOS CHEIOS DE LÁGRIMAS, OUVIR DO MEU PAI, MÃE E IRMÃS MAIS VELHAS, A MESMA FRASE: ?ESTE ANO PAPAI NOEL NÃO PÔDE VIR, PORQUE TINHA MUITAS CRIANÇAS PRA ATENDER ... QUEM SABE O ANO QUE VEM?? ... ?MAS EU ME COMPORTEI BEM, TIREI NOTAS BOAS, PASSEI POR MÉDIA, PAI!? ? RETRUCAVA, INOCENTE. E OS ANOS SE SUCEDIAM, SEM QUE JAMAIS FOSSEM OUVIDAS AS MINHAS SÚPLICAS.

EU SEMPRE FUI MUITO LIGADA EM LETRAS DE MÚSICAS E HAVIA UMA QUE DIZIA: ?POR QUE É QUE PAPAI NOEL NÃO ESQUECE DE NINGUÉM? SEJA RICO, SEJA POBRE, O VELHINHO SEMPRE VEM? ... COMO ASSIM? ... E EU, CONTRAPONTO VIVO DAQUELA AFIRMATIVA? ISSO FOI MARTELANDO NA MINHA CABECINHA INFANTIL ATÉ QUE UM DIA PRESTEI ATENÇÃO NUMA OUTRA LETRA, QUE ME ABRIU OS OLHOS E ME MOSTROU A TERRÍVEL VERDADE: ?...EU PENSEI QUE TODO MUNDO FOSSE FILHO DE PAPAI NOEL ...? AH, BOM! ENTÃO É ISSO! ESSE VELHINHO ESCROTO ESCOLHE OS FILHOS E, PELO VISTO, SÓ GOSTA DE CRIANÇAS RICAS! SE EU SOUBESSE DISSO ANTES, ELE NUNCA TERIA ME ENGANADO POR TANTO TEMPO! DAÍ, MATEI AQUELE SAFADO VELHO. COMO O MENINO "ZEZÉ", DO ?MEU PÉ DE LARANJA LIMA? O MATEI COM O CORAÇÃO ... FUI DEIXANDO DE QUERER BEM E, UM DIA, ELE MORREU! JÁ FOI TARDE!

DEPOIS DISSO, PASSEI A LHE IMPUTAR VÁRIAS CULPAS: A DE TER A EMPÁFIA DE ANUVIAR O NASCIMENTO DO MENINO JESUS QUE, HOJE EM DIA, É MENOS REVERENCIADO DIANTE DA IMPORTÂNCIA QUE SE DÁ A ESSE VELHINHO ESCROTO; DE TER TRANSFORMADO TÃO BELA ÉPOCA EM UMA VERDADEIRA MECA, ONDE O COMÉRCIO, O LUCRO E A VAIDADE SOBREPUJAM A GRANDEZA DA VINDA DO MENINO AO MUNDO PARA NOS SALVAR; ENFIM, DE TER APAGADO A LUZ E A GRAÇA DO NATAL DE JESUS!

SOUBE, TAMBÉM,QUE EM ALGUNS PAÍSES ELE TEM O NOME DE ?SANTA KLAUS? ... ?SANTA?, É? HUM... HUM!
EM ALGUNS OUTROS CHAMA-SE ?SÃO NICOLAU?... QUE SANTO É ESSE, QUE ESQUECE POBRES E MARGINALIZADOS DO CAMPO E DA CIDADE? DE NEGROS, BRANCOS, ÍNDIOS, MULHERES, HOMENS E CRIANÇAS DE TODAS AS PARTES DO MUNDO QUE NÃO NASCERAM EM BERÇO DE OURO, QUANDO O MAIS PERFEITO DOS HOMENS ERA FILHO DE UM CASAL POBRE E NASCEU NUM BERÇO DE PALHA, RODEADO DE ANIMAIS?

GOSTARIA DE COMPARTILHAR COM O RESTO DO MUNDO QUE LHE REVERENCIA, SENHOR NOEL, MAS PRA MIM O SENHOR NÃO FOI BOM, NEM JUSTO, PORTANTO, NÃO MERECE QUE EU O CHAME DE ?PAPAI?. O MEU PAI, SIM, MERECIA SER RECONHECIDO POR TODO O UNIVERSO, POR TER DEIXADO A MIM E AOS MEUS IRMÃOS, SEUS FILHOS E A QUEM MAIS TEVE O PRIVILÉGIO DE CONSIGO CONVIVER, UM EXEMPLO DE DIGNIDADE, HONESTIDADE, FÉ, ESPERANÇA, CARIDADE E AMOR AO PRÓXIMO. O SENHOR, DEFINITIVAMENTE, NÃO!

DESEJO A TODOS OS MEUS AMIGOS QUE RESGATEM O VERDADEIRO ESPÍRITO DO NATAL, QUE É A CELEBRAÇÃO DA VIDA BASEADA NOS PRECEITOS DO AMOR VERDADEIRO: A DEUS, SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO, COMO A NÓS MESMOS. MEUS MAIS SINCEROS VOTOS DE FELICIDADE PERENE, NO NATAL OU FORA DELE!.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

BLOGUEIRA APRENDIZ

Pra quem não sabe, eu sou uma aprendiz de blogueiro. Tô aqui entre vocês, mestres na arte de blogar, de enxirida que sou e por incentivo e iniciativa da minha amiga Baby, do delicioso http://sabordeamor.blogspot.com, que não só me convenceu a participar desse universo, como me presenteou o Sheherazade, com template e tudo; eu só dei a idéia e ela me fez essa página maravilhosa, que me proporcionou conhecer tantos amigos. Uma gente tão legal, que agora faz parte do meu cotidiano e sem a qual já não me é mais possível deixar de conviver. Eu costumo dizer pra Baby que ela criou o seu próprio inferno, porque, limitada que sou em trâmites internáuticos, sempre estou recorrendo à coitada pra contornar os mais simples entraves que surgem no blogger. Até a pachorra de chamá-la aqui pra me ensinar o be-a-ba, eu já cometí,tal o grau de intensidade do vício que se tornou pra mim esta gratificante atividade. E ela, solícita e sangue-bom que é, veio! Passou aqui parte do dia me dando um monte de dicas preciosas, mas não teve jeito de eu aprender a linkar! Isso se tornou um problema à medida em que mais amigos me contemplavam com a gentileza de colocarem o meu link nos seus blogs e eu não sabia retribuir o seu carinho! AI QUE BURRA QUE EU SOU! - reconhecia, cá com os meus botões, um tanto quanto decepcionada com essa descoberta extemporânea.

Pois agora, senhoras e senhores, vocês podem constatar que esse problema faz parte do passado e que EU NÃO SOU BURRA, OUVIRAM? NÃO ACREDITAM? POIS REPAREM BEM NA MARGEM ESQUERDA AÍ DO LADO: EU APRENDÍ A LINKAR!!! Agora não mais vou passar o vexame de ser descortês com ninguém ... Sabem por quê? Outro anjo apareceu pra me salvar (eu já não tinha mais cara pra pedir isso à Baby, juro!). O nome do novo anjo é Anne, do http://www.love-memory.org/anne. Foi só eu me queixar dessa falha, que a "fessora", mais depressa do que imediatamente, me acudiu e ... TCHAN,TCHAN,TCHAN! EU APRENDÍ!

Vale salientar que a queridíssima Baby já havia se prontificado a passar mais um expediente aqui, comigo, pra essa finalidade, mas eu não quis me aproveitar, mais uma vez, da sua nobreza ... Afinal, a menina mora em Olinda (onde já é carnaval), tem uma vida social muito intensa e não iria eu querer que ela deixasse de lado a esbórnia, ou sacrificar o sono da ressaca, pra vir me ensinar uma coisa tão simples (olha só, como eu tô besta ... Agora já é uma coisa simples!).

BABY e ANNE: Muitíssimo obrigada por me ajudarem no aperfeiçoamento dessa atividade que, entre outras coisas boas, me proporcionou chegar mais junto de vocês. VALEU!!!

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Hoje é um dia muito especial, com o qual eu sonhei por muitos anos: O POVO BRASILEIRO ACORDOU!!! O Veto ao aumento nababesco dos salários dos nossos(?) congressistas dá sinais de que nem tudo está perdido e que o povo anda mais consciente da sua força e do seu poder. Eu sei que muita água vai rolar, ainda e que eles vão fazer estripulias mil pra garantir a continuidade das suas vergonhosas mordomias e privilégios, mas que o povo, apoiado por alguns políticos menos gananciosos (ou mais espertos), mostrou sua indignação e conseguiu ser ouvido, isso não se pode negar! Agora só falta a gente se juntar pra exigir providências drásticas contra a violência que campeia em todo o país. Infelizmente as pessoas ainda são muito individualistas e só acordam pra essa cruel realidade quando ela atinge alguém da sua convivência, mas não há como ignorar a iminência do perigo que rodeia cada um de nós. LEMBREMOS QUE NINGUÉM ESTÁ IMUNE. ACORDA, BRASIL!!!

EM TEMPO: Quem ainda não viu o filme "Zuzu Angel", vá ver! Aquela página triste da nossa história recente jamais deve ser esquecida e o que se fizer para reavivá-la na memória é pouco, pra que se garanta que nunca mais aconteça novamente!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

VIVA "SEU LUIZ"!

O mês de dezembro é, mesmo, o grande privilegiado dentre os meses do ano. Até parece que o Todo Poderoso achou por bem dividí-lo com alguns escolhidos Seus, quer no nascimento, quer na morte, como que para perpetuar a sua importância. Neste mês lembramos várias personalidades que se tornaram imortais, marcando a história com seus feitos extraordinários: Tom Jobim, John Lennon, Clarice Lispector, Florbela Espanca, Noel Rosa, Cassia Eller ... Enfim, são muitos os seres iluminados que o Senhor escolheu para seus parceiros neste mês, mas dentre eles tem um que me toca mais intimamente e que jamais poderia deixar de citar, como conterrânea, forrozeira militante, nascida e criada em Caruaru - a Capital do Forró: LUIZ GONZAGA, O REI DO BAIÃO, O PERNAMBUCANO DO SÉCULO, O GONZAGÃO, FÍ DO VÉI JANUÁRIO, "SEU LUA", "SEU LULA" OU, SIMPLESMENTE, "SEU LUÍ".

LUIZ GONZAGA DO NASCIMENTO nasceu numa fazenda de Exu/PE, no dia 13 de dezembro de 1912. Aprendeu sua arte vendo o pai, o sanfoneiro Januário, animar bailes nos sábados da cidade e consertar foles, harmônicas, pés-de-bode, ou de que outra forma se chamava lá o acordeom.
Emigrou de lá fugido, depois de uma baita surra que levou da sua mãe, Dona Santana. Tinha, então, dezoito anos e se apaixonara por Nazarena, moça rica, cujo pai espalhara pelos quatro cantos que não ia querer sua filha de namoro com aquele "neguinho sem futuro". Ao saber disso, sentindo-se injuriado e pra mostrar que era "cabra macho", foi tirar satisfações com o pai da moça, na feira, num domingo, bem acintosamente, pra todo mundo ver. O homem ficou uma fera e queixou-se a Dona Santana: "Outro desrespeito desse, minha senhora, pode acabar em sangue". A mãe, então, mais temerosa que zangada, nem respeitou os dezoito anos do filho: Deu-lhe uma surra daquelas! Humilhado e ofendido, o rapazinho arrumou as trouxas e partiu.

Depois de servir ao exército em Fortaleza viajou pra São Paulo, onde comprou uma sanfona nova, fazendo biscates, até que desembarcou no Rio de Janeiro. Alí, arranjou um emprego no Mangue, zona do baixo meretrício de então, em cujas noites tocava nos bares de quinta categoria. Numa dessas noites um estudante pernambucano, de passagem, ao ouví-lo tocar valsas, tangos, fox-trotes e boleros, sugeriu que ele tocasse alguma coisa da nossa terra, pra matar saudade, caso contrário não teria dinheiro no pires, utensílio usado pra amealhar moedinhas dos notívagos. Tava dada a "deixa". Pensando naquelas palavras, Gonzaga compôs dois chamegos: "Pé de Serra" e "Vira e Mexe", este último lhe deu o primeiro prêmio no programa de calouros de Ary Barroso e foi o primeiro passo para a sua contratação pela Rádio Nacional. A glória e o sucesso foram as consequências naturais dessa sua saga. Em 1950 o baião já era tão tocado nas rádios quanto o samba, o bolero e outros ritmos estrangeiros da moda.
"Quando cheguei na cidade, menino, já tinha um nome que era "baião", porém agora ficou tão granfino e nem liga pro Sertão" - censurava a si próprio, por se metropolitanizar, ou regozijava-se do sucesso da sua música, no auge da fama:

"No Rio tá tudo mudado
Nas noites de São João
Em vez de polca e rancheira
O povo só pede, só dança o baião
Ai, ai, baião - Você cresceu!
Mas no Sertão ninguém lhe esqueceu
Ai, ai, baião - Segue o teu destino.
Você já cresceu, já nos esqueceu,
Ficou tão granfino".

Junto com Humberto Teixeira, Zé Dantas e tantos outros compositores de primeira linha, Luiz Gonzaga cantou e contou as verdades, as dores e a sensibilidade do povo nordestino com um lirismo incomum, fazendo a tragédia da sua região de origem atingir a expressão musical.

Durante os seus 50 anos de chão, Luiz Gonzaga viu a sua música saindo (era dos "cabeludos", do Rock and Roll, do Yê, Yê, Yê) e voltando (época da tropicália, Caetano, Gil, Alceu Valença, Fagner), ciclicamente, à moda. Gonzaguinha, seu único filho, meio que abandonado na infância, somente aos 16 anos encontrou-se com o pai famoso, depois de ter sido criado por amigos da sua mãe no Morro de São Carlos, onde nasceu.

Sanfona e voz calaram para sempre em 02 de agosto de 1989, em Recife, onde o coração do velho cantador, minado por seis meses de doença (a uma osteoporose seguiram-se vários tipos de infecção e uma pneumonia fatal), parou por volta das cinco e meia da manhã. Seu corpo, embalsamado, foi velado na capital, em Juazeiro do Norte e na Exu natal, onde foi sepultado no fim da tarde, deixando órfãos todos os seus milhares de seguidores, contemporâneos ou jovens, que hoje velam por sua memória reverentemente, entoando as canções que popularizaram o Nordeste nos quatro cantos do mundo, como: Asa Branca, Baião, Paraíba, O Xote das Meninas, Estrada de Canindé, Que nem Jiló, Juazeiro, ABC do Sertão, São João na Roça, Noites Brasileiras, A Volta da Asa Branca, Vozes da Seca, etc...

Gonzaga morreu quatro anos depois de cantar em Paris e dois anos depois de ganhar o Prêmio Shell de Música Popular. Seis anos antes, havia namorado a idéia de se candidatar "Serei um deputado feliz - dizia, à época - Se ajudar o Brasil a ter consciência do seu sertão". Como se sua música já não o tivesse feito e tão bem.

Cantou assim a desolação de quem sofre de paixão:
" Quando perco a esperança
Parece uma tentação ...
Me sento lá no terreiro,
Escoro o rosto com a mão
-Sem sono, pobre coitado,
Fazendo risco no chão"

E assim, as agruras de um coração saudoso e inseguro:
"Juazeiro, seje franco: Ela tem um novo amor?
Se não tem, por que tu choras, solidário à minha dor?
Ai, Juazeiro! Eu num guento mais roer!
Ai, Juazeiro! Eu prefiro, inté, morrer!"

domingo, dezembro 10, 2006

SOBRE CLARICE LISPECTOR

Fui convidada pelo Lino (http://www.linoresende.com.br/blog/) para participar da blogagem coletiva sobre a genial escritora Clarice Lispector e, pernambucana que sou, aceitei o convite pois não poderia me furtar a homenagear esta que foi uma das ilustres figuras que tanto enchem de orgulho o povo de Pernambuco, local onde viveu desde os dois meses de idade até os dezessete anos, quando se mudou para o Rio de Janeiro.
Hoje, se viva fosse, estaria completando 87 anos e ontem, dia 09, fez 29 anos da data do seu falecimento. Daí a justificativa desta homenagem.

Sobre sua vida e obra encontrei muita informação, mas me decidí por publicar apenas estas curiosidades, porque não há como comentar a respeito de alguém sobre quem já foi dito, por ninguém menos que a crítica francesa Hélène Cixous: "Se Kafka fosse mulher; Se Rilke fosse uma brasileira judia nascida na Ucrânia; Se Rimbaud tivesse sido mãe; Se tivesse chegado aos cinqüenta. (...). É nessa ambiência que Clarice Lispector escreve. Lá onde respiram as obras mais exigentes, ela avança. Lá, mais à frente, onde o filósofo perde fôlego, ela continua, mais longe ainda, mais longe do que todo o saber".
CURIOSIDADES:

Diz a lenda russa que, uma vez enferma, a mulher alcança a cura engravidando. Foi por isso que Pinkas e Mania Lispector, casal de judeus ucranianos, conceberam Clarice. Mania estava paralítica, possivelmente vítima do mal de Parkinson. "Então, fui deliberadamente criada com amor e esperança. Só não curei minha mãe. E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado." Clarice Lispector nasceu a 10 de dezembro de 1920 na aldeia de Tchetchelnik na Ucrânia (na época, parte do território da Rússia), próximo à fronteira com a Moldávia, em plena rota de fuga.
A família judia escapava da perseguição do governo russo. A travessia de alto risco durou dois anos. Havia assaltantes cossacos espreitando na estrada e os refugiados escondiam as jóias dentro dos trapos que usavam como roupas. Pinkas arrumou algum dinheiro fazendo sabão até chegar a Budapeste, na Romênia, quando conseguiu visto no consulado da Rússia. Embarcaram no vapor Cuyabá, em Hamburgo, na Alemanha, dividindo com outros 25 imigrantes o balanço das ondas no porão da terceira classe.
No Recife, o pai ganhou a vida no lombo de um burro, como mascate. No início, almoço era laranja e pão. Com seis anos, Clarice inventava histórias que não tinham fim. Quando atingia um ponto em que era impossível prosseguir - todos os personagens mortos, por exemplo - ela dizia: "Não estavam bem mortos", e recomeçava. Pensava que os livros nasciam espontaneamente, como bichos e árvores. Ao saber que eram feitos por escritores, quis ser um deles. A mãe faleceu em 1930. O pai se foi dez anos depois, quando já estavam no Rio de Janeiro, onde Clarice iniciou a carreira literária. Seu destino era nômade. Casou com o diplomata Maury Gurgel Valente, com quem teve dois filhos (Pedro e Paulo) e correu o mundo. Viveram em Nápoles (Itália), Berna (Suíça) e Washington (Estados Unidos), até ela se separar e fincar âncora no Leme, na zona sul do Rio, em 1959. "Era fiel a seus sentimentos, acima de tudo", afirma a biógrafa Teresa Ferreira.
Internada com obstrução intestinal, a caminho do hospital, afirmou: "Vamos brincar de faz-de-conta. Não estamos indo para o hospital, eu não estou doente e nós estamos indo para Paris." O motorista do táxi virou-se: "Posso ir junto?" "Pode levar a namorada também", respondeu Clarice. Tinha um adenocarcinoma de ovário, o caso era irremediável. Em 8 de dezembro de 1977, vomitou sangue e tentou sair do quarto, mas foi barrada por uma enfermeira. "Você acaba de matar o meu personagem", disse Clarice. Morreu na manhã seguinte. Ainda ditou para a amiga Olga: "Eu, eu, se não me falha a memória, morrerei." Ficou o rastro do cometa, o pó das estrelas.
VOCÊ SABIA? Era solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os amigos e dizia coisas perturbadoras. Imprevisível, era comum ser convidada para jantar e ir embora antes de a comida ser servida.
SALVE A GRANDE DAMA DA LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA, IMORTALIZADA POR SUA OBRA DE VALOR INESTIMÁVEL!

sexta-feira, dezembro 08, 2006

HUMOR INFAME - MESMO ASSIM, HUMOR.

EU TINHA UM "NAMORANTE" QUE ERA UM PALHAÇO CONVICTO. NÃO PERDIA CHANCE DE FAZER PIADA DE TUDO O QUE VIA - DÁ PRA IMAGINAR ESSA DUPLA, NÉ? - E ME MATAVA DE RIR EM TUDO O QUE ERA LUGAR. A GENTE SE DIVERTIA MUITO E A VIDA ERA SÓ FESTA, PURA "BAGACEIRA" (Ô SODADE!). OS NOSSOS ENCONTROS SE DAVAM, NA MAIORIA DAS VEZES, NA ILHA DE ITAMARACÁ, ONDE COSTUMÁVAMOS ENCONTRAR UMA TURMA INESQUECÍVEL DE AMIGOS IRREVERENTES PARA QUEM O SENTIDO DA VIDA SE RESUMIA ÀQUELES ALEGRES FINS-DE-SEMANAS, CARNAVAIS E TEMPORADAS DE VERÃO, REGADAS A MUITA BAGUNÇA, CERVEJADAS HOMÉRICAS, LUAUS E OTRAS COSITAS MÁS...

NUMA DESSAS FESTEIRAS NOITES, NO "BAR-BATANA" - UM BARZINHO A BEIRA-MAR (QUE, INFELIZMENTE, HOJE NÃO EXISTE MAIS), UM GAROTINHO DE RUA GANHOU A SIMPATIA DE FRED (ESSE É O NOME DO TAL "NAMORANTE"), QUE PASSOU A LHE PAGAR LANCHES, REFRIGERANTES E ATÉ REFEIÇÕES, SEMPRE QUE O ENCONTRAVA. O GAROTO PASSOU A SER O "MASCOTE" DA TURMA E TORNOU-SE PRESENÇA OBRIGATÓRIA NAS NOSSAS NOITADAS.

UM CERTO DIA TODO MUNDO SENTIU A AUSÊNCIA DO MENINO, QUE NÃO HAVIA APARECIDO ATÉ ALTAS HORAS. PREOCUPADO, FRED ME CONVIDOU A ACOMPANHÁ-LO NUMA BUSCA PELAS REDONDEZAS NA TENTATIVA DE LOCALIZÁ-LO E A GENTE SAIU POR ALI, PELOS OUTROS BARES, PROCURANDO-O. QUANDO JÁ ESTÁVAMOS QUASE DESISTINDO, AVISTAMOS O GAROTO QUE VINHA AO NOSSO ENCONTRO, MAS NEM TIVEMOS TEMPO DE PERGUNTAR AONDE ELE SE ENCONTRAVA, PORQUE NOTAMOS O SEU ROSTO MACHUCADO, COM UM HEMATOMA ENORME NO OLHO DIREITO.
HORRORIZADOS, PERGUNTAMOS O QUE TINHA ACONTECIDO E ELE NOS CONTOU QUE UM HOMEM QUE BEBIA NUM DAQUELES BARES O HAVIA AGREDIDO. EU SABIA QUE ELE NÃO ERA NENHUM ANJINHO DE CANDURA E QUE FAZIA PEQUENOS FURTOS NA ÁREA E, PORTANTO, DEDUZÍ TRATAR-SE DE ALGUMA REAÇÃO DE UMA POSSÍVEL VÍTIMA. NÃO QUE FOSSE POLITICAMENTE CORRETO BATER EM CRIANÇAS, MAS COGITEI ESSA POSSIBILIDADE, AINDA MAIS NUM AMBIENTE ONDE A MAIORIA DOS HOMENS JÁ ESTÁ "PRA LÁ DE BAGDÁ" DA VELHA "MANGUAÇA" E QUE ESSE ESTADO ETÍLICO FAZ COM QUE A VALENTIA AFLORE, PRINCIPALMENTE CONTRA DESAFETOS INDEFESOS.

A REAÇÃO DE FRED FOI SURPREENDENTE: BAIXINHO, CUCA-FRESCA E BON VIVANT COMO ERA, ME DEIXOU PERPLEXA QUANDO, NITIDAMENTE EMPUTECIDO, FALOU PRO GAROTO:

- O QUÊÊÊÊ??? FOI UM HOMEM QUE BATEU EM VOCÊ? POIS VAMOS LÁ AGORA MESMO, QUE EU QUERO FALAR COM ELE. ONDE ELE ESTÁ? - PERGUNTOU, RAIVOSO.

EU BEM QUE TENTEI DISSUADÍ-LO DA IDÉIA, ARGUMENTANDO QUE AQUELA ERA UMA ATITUDE ESTÚPIDA. AFINAL, A GENTE NÃO SABIA QUEM ERA ESSE CARA E QUE UMA PESSOA QUE AGRIDE UMA CRIANÇA DAQUELA FORMA NÃO PODE SER "FLOR QUE SE CHEIRE", QUE MUITA GENTE MORRE DE GRAÇA POR CAUSA DE COISAS ASSIM E TAL, MAS NÃO TEVE JEITO: FRED ME PEGOU PELA MÃO E SAIU EM DISPARADA RUMO AO BAR, ENQUANTO O MENINO NOS SEGUIA, APONTANDO O LOCAL.

LÁ CHEGANDO, OBSERVAMOS TRÊS CARAS SUPER MAL-ENCARADOS BEBENDO NUMA DAS MESAS, UM DELES ALTO E FORTE, QUE NOS OLHOU COM UMA CARA DE "POUCO AMIGO", MAS DEU DE OMBROS QUANDO VIU O GAROTINHO. FRED, ENTÃO, PUXOU O MENINO PRA PERTO DA MESA E FALOU, EM ALTO E BOM SOM:

- QUEM FOI QUE BATEU EM VOCÊ? QUAL DELES? FALE!

E O MENINO, DE CABEÇA BAIXA, COM UM AR DE AUTO-PIEDADE, APONTA JUSTAMENTE O GRANDALHÃO. EU TREMIA NAS BASES. QUANDO O CARA SE LEVANTOU, FRED FICOU NO NÍVEL DO SEU PEITO. CONSCIENTE DA SUA SUPERIORIDADE FÍSICA, O SUJEITO OLHA LÁ DO ALTO E FALA, NO MESMO TOM:

- FUI EU! E DAÍ?

- DAÍ QUE EU VIM AQUI PRA LHE DIZER QUE ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! - RESPONDE FRED, CRESCENDO UNS TRÊS PALMOS.

- AH, É? E COMO É QUE VAI FICAR?

ENQUANTO EU PENSAVA, CÁ COM OS MEUS BOTÕES, "MEU DEUS! A GENTE VAI ENTRAR NUMA FRIA DESGRAÇADA. .. ESTAMOS SÓS, LONGE DA TURMA, COMO É QUE FRED FAZ UMA BESTEIRA DESSAS?!!!"O BAIXINHO OLHA PRA CIMA E, NA MAIOR CARA LISA, RESPONDE, COM UM SORRISO MAROTO QUE SÓ ELE TEM:

- ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM, NÃO! ... AMANHÃ JÁ ESTARÁ MENOS ROXO ... DEPOIS DE AMANHÃ VAI ESTAR MEIO COR-DE-ROSA ... DEPOIS VAI FICAR AMARELADO ... DEPOIS VAI CLAREANDO, CLAREANDO, ATÉ QUE LIMPA TOTALMENTE!

OS TRÊS SUJEITOS IRROMPERAM NUMA GARGALHADA TÃO SAFADA, QUE FIQUEI TOTALMENTE SEM GRAÇA, OLHANDO A CARINHA DECEPCIONADA DO POBRE GAROTINHO DIANTE DAQUELA SACANAGEM DO SEU ATÉ ENTÃO "PROTETOR".

sexta-feira, dezembro 01, 2006

1º DE DEZEMBRO - DIA INTERNACIONAL DA AIDS

A minha amiga Vera Froes, do http://pequenasverdades.blogspot.com/, me incubiu de postar algo sobre o "mal do século" e eu, então, bem-mandadazinha que só ajudante de missa, corrí a pesquisar sobre o tema. Encontrei esta matéria, que achei muito interessante e reveladora, já que nunca tinha visto nada parecido escrito. Pra mim foi mais uma triste novidade a respeito dessa praga que assola o mundo atual e serve como um alerta às mães de mocinhas que têm mais esse desafio, dentre tantos, na conscientização de suas meninas, embora os meninos também não estejam imunes,´por razões mais que óbvias.



"Por que a AIDS tem rosto de mulher jovem

LIMA, 30 (ACI, Redação Central).- Um fato real que é deliberadamente ignorado é que cada vez existem mais indícios científicos de que o controle químico também contribuiria para que as mulheres jovens contraiam AIDS com mais facilidade.
Estabeleceu-se que as mulheres adolescentes não atingem maturidade da parede vaginal até por volta dos 20 anos, tendo-a por si mais fina. Isto quer dizer que sua barreira anatômica para as DST e AIDS é menor o que uma mulher adulta.
Em maio de 1996 foi reportado que a progesterona afinava o epitélio vaginal das símias rhesus, tornando-as mais vulneráveis à transmissão do SIV (vírus de imunodeficiência símia). Mark Preston e colaboradores apresentaram na XI Conferência Internacional sobre AIDS (Outubro de 1996) um estudo realizado em macacas, em que demonstraram que a progesterona não somente aumenta a transmissão vaginal do SIV, mas que, além disso, promovia a progressão da doença. Deborah Anderson, pesquisadora de HIV e " saúde reprodutiva" em Boston (Estados Unidos), começou a estudar os efeitos da progesterona em mulheres depois de conhecer o estudo em macacas.
Seu laboratório analisou ao azar mostras de tecido armazenados, encontrando também estreitamento do epitélio vaginal, ainda que não em níveis encontrados nas macacas. No curso de 1997 o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos teria culminados estudos - ainda não publicados - , para avaliar o estreitamento do epitélio vaginal de mulheres com ciclos menstruais normais e de mulheres sob diversos tipos de regimes hormonais -na maioria por uso de anticoncepcionais.
Também estão sendo realizados estudos epidemiológicos para ver se existem diferenças na infecção por HIV em mulheres que tomam anticoncepcionais hormonais. Nessa linha, Sara Mostad e colaboradores, da Washington State University (Estados Unidos), apresentaram em 1996 na XI Conferência Internacional sobre AIDS, em Vancouver (Canadá), em estudo realizado em um grupo de mulheres portadoras do HIV, em que demonstraram que: As que usavam anticoncepcionais orais tinham níveis de HIV 4,5 vezes mais em suas secreções do colo do útero que as que não usavam esses contraceptivos. As mulheres que usavam progesterona injetável tinham 3,2 vezes mais HIV nessas secreções.
A explicação é que como os anticoncepcionais tendem a modificar a mucosa vaginal, estas mudanças podem atrair células do sistema imunológico, incluindo células infectadas com HIV, segundo referiu a Dra. Overbaugh, uma das colaboradoras da Dra. Mostad. Em agosto de 1992, Vitaya Sridama e colaboradores, apuraram que mulheres que utilizavam Medroxiprogesterona intramuscular - o perigoso anticoncepcional conhecido como Dopoprovera- tinham diminuição de linfócitos CD8, redução que alcançou valores significativos nas mulheres que tinham mais de 10 injeções.
Que importância tem esta mudança? A diminuição dos CD8 (supressor T-cells) é a mudança imunológica encontrada em várias doenças autoimunes, incluindo Lupus Eritematoso Sistêmico, doença da tireóide autoimune e Miastenia Gravis".



O texto refere-se, ainda, à desmistificação do propalado "sexo seguro" que atribui, falsamente, total confiabilidade ao uso da camisinha, o que leva os jovens à prática indiscriminada do sexo, enquanto é sabido que os preservativos podem romper e que essa possibilidade não é tão remota quanto garantem os defensores dessa modalidade.

Apesar do artigo, sabemos que a AIDS não escolhe suas vítimas e que, portanto, ninguém está livre dela. Até mesmo entre pessoas da chamada terceira idade já se constatou a sua proliferação, acirrada pelo uso indiscriminado do medicamento "viagra" e similares, que revolucionou a vida sexual dos vovôs e, consequentemente, das vovós também.

FAÇAMOS A NOSSA PARTE: INFORMAÇÃO AINDA É A MELHOR FORMA DE COMBATE A ESSE MAL, QUE JÁ NOS LEVOU TANTAS PRECIOSAS VIDAS!