quinta-feira, agosto 30, 2007

7 FATOS CASUAIS

Tá rolando na blogosfera o meme "7 Fatos Casuais", que funciona assim:


"Cada pessoa escreve 7 fatos casuais sobre a sua vida. Depois passa o desafio a outras 7 deixando um comentário no seu blog, para que a pessoa saiba que foi desafiada."


Daí, a Baby, do Estrebucha, Baby! minha amiga sangue-bom, que não só foi a responsável pela minha entrada no mundo blogueiro como, ainda, me presenteou este blog, me indicou pra listar aqui sete fatos casuais sobre a minha vida e eu, é claro, jamais poderia declinar desse desafio ou de qualquer outra convocação de uma madrinha tão adoravelmente arretada feito ela.



Então, lá vai:



1. Nascí e me criei em Caruaru/PE, onde viví os melhores anos da minha vida e jamais cogitei sair de lá, até que a minha mãe resolveu mudar-se para o Recife e me forçou a vir junto "porque uma moça solteira não podia viver sozinha, pra não ficar falada". Vim, sob protestos, mas hoje não voltaria nem amarrada (minha mãe, no entanto, voltou). Aprendí a amar o Recife como se aqui houvesse nascido.



2. Já aqui, comecei a trabalhar numa empresa que adorava, mas o meu irmão mais novo cismou que eu tinha que fazer um concurso público e, mais uma vez, fui forçada a fazer algo que não planejava. Passei no concurso e trabalhei o resto da minha vida num banco federal, onde me aposentei e agradeço todos os dias àquele irmão por me ter praticamente obrigado a deixar a empresa privada, na qual certamente eu nunca teria conquistado a estabilidade profissional e financeira que conseguí e da qual hoje desfruto.



3. Ainda no interior eu havia começado o curso de Direito, que foi interrompido quando da minha mudança pro Recife e, devido às complicações iniciais de adaptação à cidade grande, além da falta de grana (a faculdade, aqui, era bem mais cara) acabei por não concluí-lo. Anos mais tarde, me formei em Comunicação Social (Relações Públicas), que era, de fato, o curso dos meus sonhos.



4. Jamais pensei em me casar (nunca tive muita inclinação pra vida a dois), mas acabei no altar, forçosamente, por conta de uma gravidez inesperada que a minha mãe não aceitou e exigiu de mim este sacrifício "pra limpar a honra da família". Desta vez não houve "final feliz" e eu mandei o cabra passear oito meses depois.



5. Solteira convicta, nunca me passou pela cabeça voltar a viver com ninguém mas, dez anos depois do inditoso casamento, me apaixonei perdidamente por um sujeito e em menos de uma semana passamos a viver juntos. Esse convívio demorou dois anos e teria durado a vida inteira, não fossem os percalços do seu vício pela jogatina, que acabou por me desencantar quanto à sua personalidade.



6. Por nunca me imaginar casada, também a maternidade nunca esteve nos meus planos mas, depois que parí o menino mais lindo da face da terra, mergulhei de cabeça nessa premissa de "padecer no paraíso" comum a todas as mães.



7. Sempre sonhei em conhecer a Ilha de Cuba, mas fui adiando esse sonho por anos a fio porque não encontrava ninguém que quisesse me acompanhar a "um país pobre", como diziam as pessoas a quem eu sugeria me seguir, um monte de pequenos-burgueses deslumbrados com os atrativos do luxo e da pompa de países cujos idiomas sequer dominavam, mas traziam status a quem os visitasse. Assim, partí sozinha pro Caribe. Foi a melhor viagem que fiz na minha vida e a mais inesquecível aventura, digna de um romance de Sydney Sheldon - sem o suspense, é claro! Não há na face da terra um povo mais bonito, mais doce, mais afável e mais "gente"do que os cubanos. A falta do vil metal fez aflorar, neles, os mais elevados valores morais que um povo pode desenvolver. Conviver com eles foi a mais sublime lição de vida que eu já experimentei.





Pronto. Estão aí os fatos casuais mais significativos da minha existência. Vou me eximir de nomear pessoas pra listar os seus, mas deixo aberto o convite "a quem interessar possa".