quinta-feira, outubro 27, 2005

TEXTO DE RITA LEE

Recebí este texto da genial Rita Lee, enviado por uma amiga e achei tão coerente e oportuno que repasso pra vocês; Se ainda não o conhecem, vale a pena dar uma olhada:



"Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade, até porque elas são desarmadas pela própria natureza: Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas.
Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem aos meninos, para fortalecer sua virilidade e violência.
As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto.
Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência.
É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz. E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher.

Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d´água e trouxas de roupa.
Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos.
Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas. São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.
Nem toda feiticeira é corcunda. Nem toda brasileira é só bunda".


Essa mulher é demais, né? Valeu, Rita!

domingo, outubro 23, 2005

RUÍDOS DA COMUNICAÇÃO

Os "ruídos" na Comunicação Social representam tudo o que possa atrapalhar a interação entre os indivíduos, a falta de clareza e de objetividade na mensagem que se deseja passar. Não! Não estou pretendendo dar uma aula sobre essa matéria, até porque seria como ensinar Pai Nosso a vigário, dado o alto nível de competência no assunto demonstrado pelos nossos queridos blogueiros, não só os que me visitam mais frequentemente, mas, também, aqueles que eu costumo visitar sem me pronunciar (eu faço isso, gente!), às vezes por falta de tempo .

Na verdade, isso foi só uma introdução pra contar mais um dos causos que vivenciei, desta vez como um dos protagonistas.

Numa certa tarde, em meados de 1975, estava eu debruçada sobre uma máquina de escrever (jurássico, esse episódio!), concentrada no texto que acabara de redigir, ao mesmo tempo em que pitava meu cigarrinho (nesse tempo ainda não era um pecado capital fumar no ambiente de trabalho), enquanto o zelador, um circunspecto senhor de meia-idade, sisudíssimo, de poucas conversas e tão humilde que jamais levantava a vista para um seu superior hierárquico (no caso, eu), tííííímido de desconcertar qualquer um que lhe dirigisse a palavra, varria a sala contígua à minha. De repente, numa atitude absolutamente inverossímil partindo de semelhante perfil, essa criatura me deixou sem fala ao me dirigir a seguinte frase:
- Dona Regina, quando a sinhora acabar aí, pro favô (sic), me dê o rabo!
Eu simplesmente parei; estupefacta, estarrecida, boquiaberta, perplexa, atônita, surpresa, pasma e um tanto quanto admirada. Depois de me refazer do
impacto causado por tamanho absurdo, perguntei:
- O Quêêêêê!!!?
- Eu dixe: quando a senhora acabar aí, pro favô, me dê o rabo!
- Sêo Nego, eu ouví o que o senhor falou, mas não estou acreditando nisso!
E ele: Tô pedino pra sinhora me dá o rabo, depoi ...(a essa altura, já de olhos no chão, como de costume). E eu, já de cenho franzido:
- Sêo Nego, o senhor quer me explicar o que é que está acontecendo aqui?
- Tô pedino pra sinhora me dá o rabo, quando não quiser mais ...

Enquanto eu matutava sobre a total improbabilidade de que, na mais remota ilação, um dia viesse a prescindir de tal parte da minha anatomia (mesmo que empregada no sentido figurado, atribuí a palavra "rabo", obviamente, à minha região glútea), um colega que a tudo assistia, tão surpreso quanto eu, correu em minha defesa:
- Ô, Sêo Nego, que falta de respeito é essa com Regina? O senhor tá pensando o quê? Eu lhe quebro no cacete, seu porra!

Foi quando o coitado, recompondo-se do vexame de ter levado aquele passa-fora, já gaguejando e tremendo de medo, explicou:
- Eu tô pidino pra ela me dar o rabo do cigarro antes de jogá-lo fora, só isso!

UFA! Diante de tão inocente explicação, enxuguei o suor da testa, suspirei aliviada e, pra coroar o final feliz do episódio, puxei um cigarro novinho em folha e lhe dei de presente. Foi o bastante pra ele sair, todo satisfeito, dando espaço pra que o meu defensor e eu explodíssemos numa gostosa gargalhada.

Isso é o que se pode chamar de RUÍDO DA COMUNICAÇÃO, é ou não é?

Bom domingo para todos e NÃO esqueçam de votar!

quinta-feira, outubro 20, 2005

SAIA DO QUARTO



Gente, do céu!

Vocês podem não acreditar, mas o motivo pelo qual estive ausente estes dias foi um infeliz de um joguinho que quase me deixou pirada!
Não sei se todo mundo já conhece, mas é um enigma forjado por um japonês (não me lembro do nome do miserável), denominado "SAIA DO QUARTO", que quase me deixou maluca: Passei a me dedicar inteiramente à difícil tarefa de descobrir a saída do maldito quarto. Pois não é que conseguí? EUREKA!!!
Fiquei tão feliz em matar a charada, que quando terminei me peguei abraçando a mim mesma ... kakakakakakaka!

Ao final, restou-me a conclusão de que sou, realmente, uma desocupada, sem absolutamente NADA que fazer. Como é que alguém pode se dedicar de corpo, alma e coração a semelhante lezeira?

Bom, mas se houver alguém tão ocioso quanto eu que queira tentar, aí vai o endereço: http://www.saiadoquarto.dagus.com/quarto01.php

Quero ver neguinho "endoidar" ... hehehehehe (sorriso escarninho)!

Aos que tentarem, Boa Sorte!
Aos que conseguirem, congratulações! Nós somos foda, mesmo!

segunda-feira, outubro 17, 2005

QUANDO ME AMEI DE VERDADE

Para reflexão ...


"Quando me amei de verdade compreendi que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato...E então, pude relaxar...Hoje sei que isso tem nome...auto-estima.


Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades...Hoje sei que isso é ser...autêntico.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento...Hoje chamo isso de...amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesma...Hoje sei que o nome disso é...respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável...pessoas, tarefas, crenças, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo...De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo...Hoje sei que se chama...amor-próprio!!!

Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo...Hoje sei que isso é saber viver a vida INTENSAMENTE.

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter razão sempre e, com isso, errei muito menos vezes...Hoje descobri a humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece...Hoje vivo um dia de cada vez, plenamente.

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar...Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada." ***


Este é um texto extraído do script do filme "SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS", um dos melhores que já assistí. Transcreví-o aqui no intuito de chamar à reflexão os que se encontram, no momento, vivendo uma fase de baixa auto-estima. Não podemos esquecer que ninguém pode ser amado, ou amar inteiro, se não se ama de verdade, concordam?

Mil beijos e uma semana bem "pra cima"


sexta-feira, outubro 14, 2005

"MELHOR" IDADE (?)

Ontem estive "navegando" no orkut e descobrí uma comunidade que me chamou a atenção: "VÉIOS NO ORKUT" (ou algo assim). Lí alguns scraps e constatei mais uma das maravilhas dessa tecnologia revolucionária das comunicações, que é a informática. É muito estimulante observar como as pessoas tentam "driblar" a solidão na maturidade, vencendo o medo do desconhecido e se atirando à perspectiva da superação de seus próprios limites. Digo isso porque eu mesma resistí heroicamente ao fascínio da internáutica, somente a ela sucumbindo por dever de ofício, diante da inexorável necessidade de modernização das empresas (entre elas, a que trabalhei e onde me aposentei). Confesso que ainda não tenho pleno domínio das lides que envolvem esse complexo sistema, mas reconheço, também, que já conseguí avanços nunca dantes por mim imaginados.
Foi divertido conhecer essa comunidade, onde pessoas idosas trocam poesias, idéias, posicionamentos políticos, opiniões e usam a linguagem descontraída dos jovens para estabelecer comunicação, numa emocionante e compungente tentativa de participação em uma sociedade que teima em ignorá-las e relegá-las ao ostracismo. EVOÉ, MELHOR (?) IDADE!

O contato com a página dos "VÉIOS" me fez refletir sobre um pensamento que lí, anos atrás, o qual passei a questionar a partir de agora (não lembro o nome do autor) :

" BOLHA D'ÁGUA É UMA EXPERIÊNCIA DOLOROSA, MAS, SE FOREM MUITAS, EM UM MESMO LUGAR, ELAS ACABAM SE TRANSFORMANDO EM CALO ... É A ISSO QUE SE CHAMA MATURIDADE" .

SERÁ?

domingo, outubro 09, 2005

MINHA IRMÃ "ZEN"

Hoje voltei de uma breve viagem à minha terra natal, pra onde fui com a finalidade de buscar minha "Santa Mãezinha", que não perde um evento importante da família, a fim de participar das cerimônias de formatura de um dos meus sobrinhos em "Ciência da Computação", que ocorre nesta semana, aqui em Recife, pela UFPE. Minha companheira de viagem foi uma das minhas irmãs (a mais "zen" da família), para quem tudo está muito bem, desde que ela não tenha que "quebrar cabeça" pra assimilar.
Essa minha irmã tem sido protagonista de situações tão hilárias, dado o seu desligamento, que nos faz transbordar de rir. Uma delas aconteceu nesta supracitada viagem: Em conversa com uma terceira irmã (como vocês já sabem, a prole é grande), ela me saiu com essa: "Quando você for lá em Recife, a gente vai assistir a esse filme que está em cartaz, " OS DOIS IRMÃOS DE SEVERINO". Claro que ela estava se referindo à história dos irmãos Camargo, "OS DOIS FILHOS DE FRANCISCO". Foi dái que comecei a repassar alguns dos episódios inverossímeis que vivenciei com ela.
Numa das vezes em que estive em Caruaru, ao estacionar na principal avenida da cidade, fui surpreendida pela exclamação de alguém que passou rapidamente, ao volante de um carro, gritando o meu nome completo: "REGINA CÉLIA SIMÕES!"... Imediatamente reconhecí aquele meu antigo colega, que eu já não via há anos, a cujo chamado respondí, incontinentemente": T... C...R! (naturalmente, pra devolver a gentileza de ter lembrado do meu nome, citei o seu, na íntegra). Quase caí dura quando aquela minha desligada irmã me perguntou: " Esse é aquele teu amigo, que morreu assassinado?" Eu falei: "Não, né? Como pode ser o mesmo?" E ela insistiu: "Ô, Regina, tu não estás lembrada, mas eu sim" Lembro que choraste copiosamente pela morte desse rapaz". Deu um trabalhão convencê-la de que jamais poderia se tratar da mesma pessoa, pois "as almas do purgatório" NUNCA poderiam estar passeando de carro, ao meio-dia, em plena avenida!
Outra dela: No encerramento do Carnaval/2005 do Recife Antigo, a apoteose foi o show de Alceu Valença. Tendo vindo embora mais cedo, não assistí à sua apresentação. No dia seguinte, ela me ligou pra falar de como tinha sido espetacular aquele show; da emoção que a multidão sentiu quando Alceu abriu o show cantando o Hino de Pernambuco. Palavras dela: Quando Alceu começou a cantar: "Ouviram do Ipiranga às margens plácidas ..." a galera foi ao delírio!
Eu retruquei: "Mas ele não cantou o hino de Pernambuco?! E ela: "Ah, sim, eu confundí"... Estas são só duas das história que envolvem a alienação dessa minha irmã.
Vocês podem não acreditar, mas, em plena época da repressão, nos fatídicos primórdios da Ditadura Militar, ela foi parar no DOI-CODI pra responder por quê havia assinado uma lista de solidariedade a um colega de trabalho preso por subversão! Mas não pensem que havia naquela cabecinha oca qualquer temor, ou que a sua assinatura naquela lista foi aposta por consciência política . NÃO! Ao ser inquirida, a única coisa que a preocupava era o fato de que o seu salário do mês havia sido suspenso e, PASMEM! Segundo a própria, uma vez que era novata na repartição, os colegas a convenceram a assinar, sob o argumento de que aquele sujeito tinha sido injustiçado e precisava da solidariedade dos amigos (o que não deixava de ser uma verdade absoluta!). O fato é que o militar que a inquiriu percebeu tão claramente a sua inocência, que a dispensaram da punição. É mole?

quarta-feira, outubro 05, 2005

A VINGANÇA DO TAXISTA

Sempre ouví falar da proverbial preferência dos homens pelas mulheres que os traem e, por isso, se tornam indeléveis nas suas memórias como uma situação mal resolvida que eles, na sua machice, não conseguem digerir e alimentam, em suas fantasias, a necessidade de "passar a limpo". Alguns, até, vão ao extremo de matar as suas caras-metades por havê-los desaprovado como parceiros, quer emocional, quer sexualmente, ou sabe-se lá em que sentido ...
Conhecí um desses espécimes na época em que estava esperando a chegada do meu filho, mas, confesso, nunca imaginei que um tipo daqueles pudesse sair do papel de protagonista de piadas. O sujeito era o propriamente dito "CORNO CONFORMADO", deixando transparecer, até, uma certa satisfação masoquista pela sua inusitada condição. Foi assim:
Quando atingí o oitavo mês de gestação, a minha barriga era uma coisa descomunal em proporção à minha altura, que não chega a 1,55m., razão porque o médico me proibiu de dirigir o carro, pois, tendo pernas muito curtas, era necessário trazer o banco do motorista até o mais perto do volante possível e, com isso, o barrigão ficava comprimido naquele curto espaço físico, o que poderia tornar as viagens desconfortáveis tanto pra mim, como para o bebê. Até tentei ir trabalhar de ônibus, mas quase morrí de vergonha quando fiquei presa na catraca e tive que descer pela mesma porta que entrei, ouvindo do cobrador: "Motorista, abre a porta da frente que vai subir uma buchuda!"
Essa experiência me fez contratar um taxista pra me transportar de ida e volta ao trabalho até que chegasse o "grande dia". Foi aí que conhecí aquela figura!
Todos os dias o homem tinha um episódio de traição da sua mulher pra me contar, enquanto sacava um monte de papel do porta-luvas pra me mostrar quantas vezes esteve envolvido em brigas e contendas que acabavam em delegacias, por lesões corporais que ele produzia nas inúmeras pessoas que o taxavam de "Corno" - pra provar o quanto defendia a sua santa esposa das maledicências dos vizinhos. Até que um dia, ele resolveu seguí-la e foram tantos e tão bizarros os episódios que vivenciou, perseguindo-a aonde quer que fosse com o seu amante a tiracolo, que comecei a achar que o sujeito tava mais era curtindo aquele voyerismo. Uma das vezes ele me contou que se disfarçou, pondo uma peruca e óculos escuros e sentou-se bem atrás do casal num dos cinemas da cidade. Ficou horrorizado ao perceber que os dois não tinham ido até alí assistir ao filme em cartaz, já que nem por um momento dirigiram seus olhares à tela, ocupados que estavam em se acariciar e beijar muuuuuuuuuuuuito! Aqueles beijos mexeram tanto com o cidadão, que ele cuidou em chegar em casa mais cedo que a esposa-traíra, esperou-a pacientemente até vê-la transpor o limiar da porta e correu pra cima dela (disse ele, com muita fúria - o que me fez temer pela vida daquela Messalina), segurando-a pelos ombros, olhos nos olhos, falou assim: "Eu só quero uma coisa de você: que me dê um beijo daqueles que deu naquele cabra safado, no cinema"! E ela, é claro, não deu.
Eu pasmei! Pois aquele não era o homem que costumava "furar o bucho" dos que lhe desagradavam, com a mesma naturalidade com que acendia um cigarro? Bom, locubrações à parte, prossigamos:
Teve, também, uma ocasião em que o mal-amado marido postou-se defronte a um motel de beira de estrada (daqueles tipo "O sol nasceu pra todos" - acreditem, tem um motel na BR 232 com esse nome!) e esperou uma tarde inteira que os dois saíssem, só pra seguí-los até as proximidades de sua casa e contentar-se em assitir ao beijo de despedida - a porta do motel, trancada, não havia lhe dado chance de ver o que aconteceu lá dentro ... tsc,tsc, tsc ..."essa dúvida é que me mata" ... pensava ele.
Somente quando o homem, com a cara mais aborrecida do mundo, me perguntou o que é que eles tanto faziam ali, uma tarde inteira, argumentando que não precisava de tanto tempo assim pra fazer "aquilo", foi que eu vim a compreender as razões da mulher em ter optado por "outros pastos". TINHA que haver algum motivo!
Mas o melhor da história foi o desfecho: Cansada de "dar bandeira", a mulher, percebendo que suas escapadelas estavam muito mais satisfazendo o voyerismo do marido do que o magoando, resolveu "sartá fora" e lhe avisou que estava deixando a casa pra ir morar com o "pé-de-lã". Acontece que o casal tinha sete filhos e foi aí que o traído deu a monumental "volta por cima": No dia seguinte, dirigiu-se à nova residência da esposa com toda a filharada, chamou o "urso" na porta e desferiu-lhe o golpe fatal: "Estão aqui os nossos sete filhos, que eu trouxe pra você criar junto com essa vagabunda ... quem come a carne, amigo, rói o osso"! E deixou aquele "presente de grego" para o desafortunado casanova.
BEM FEITO! - diria, com certeza, a minha mãe.

segunda-feira, outubro 03, 2005

CAMPANHA DO DESARMAMENTO - SIM ou NÃO?

Estamos vivenciando a campanha para o referendum da Lei da Proibição à Comercialização de armas de fogo no Brasil e confesso que ainda não estou perfeitamente convencida da eficácia dessa proibição. Por um lado, penso que isso poderá evitar acidentes domésticos de larga ocorrência, principalmente no que diz respeito ao manuseio de armas por crianças, notoriamente curiosas e sem qualquer senso de perigo; Por outro lado, acho que a proibição, além de nos deixar completamente sem chance frente a uma ameaça real (tão palpável e iminente, nos nossos dias), na verdade estará dando à marginália o livre acesso ao nosso já tão vilipendiado patrimônio. Sim, porque se os bandidos, hoje, ousam atacar empresas de todos os ramos, inclusive aquelas em que há policiamento ostensivo e, até, bancos que ficam situados em postos policiais - aqui, em Recife, eles roubaram o cash localizado dentro da Polícia Rodoviária Federal ! - mesmo supondo que pode haver uma retaliação imediata, imagine-se o que farão com o cidadão comum, as residências, as escolas, etc... se tiverem a certeza de que sairão impunes? Até porque, nós sabemos que a violência urbana não será erradicada por decreto e, também, que as leis não costumam ser levadas a sério neste país. Ou seja, a clandestinidade estará instituída oficialmente, se aprovada a tal Lei. A Lei Seca, que imperou nos Estados Unidos na década de l930 (salvo engano) é um bom exemplo a ser considerado, descontando-se, aí, a obediência cultural às leis que lá existe (embora saibamos que essa "obediência" tem tudo a ver com o apego dos norte-americanos ao vil metal, já que qualquer transgressão, lá, é muito onerosa, sem distinção de classe social ou econômica - é o que se diz) .

Sei não ... também não sou muito a favor de proibições, ainda mais quando sugeridas pelo poder. Digamos que sou um tanto quanto rebelde, tipo "Hay gobierno, soy contra! Vou pensar. Enquanto isso, estou aberta ao debate. Opinem, por favor!


Quero deixar um recado para Fernando, o mitoculto: Num tô conseguindo postar nada nos teus coments, visse? Mesmo assim, tô te visitando sempre.

Obrigada pelo apoio moral que recebí de todos quando da minha "recaída" a semana passada, mas acho que o baixo astral já saiu deste corpo, que não lhe pertencia, MESMO!

ÓTIMA SEMANA!