quarta-feira, maio 16, 2007
SOLITÁRIA LUTA
O episódio protagonizado pelo neo-deputado (!) Clodovil, em plenário, é uma coisa lamentável, mas não se pode chamá-lo de surpreendente - muito embora não deixe de sê-lo, já que o tal "representante do povo" prega a elegância (Como assim, "elegância"? Então não é deselegante um homem chamar uma mulher de feia, mesmo que esta não seja uma deusa da beleza?) Sei não. Acho que a "deputância" tá mexendo com a já tão acentuada vaidade do tal parlamentar, que demonstrou, com essa atitude mesquinha e preconceituosa, desconhecer qualquer norma de etiqueta social.
Pronto! Comecei a tergiversar e me distanciar do assunto principal desse post, que é colocar em questão a gravidade de se dar representatividade a alguém tão despreparado para o cargo. Quando um deputado afirma que "As mulheres de hoje são muito ordinárias ... Trabalham deitadas e descansam em pé", certamente não está levando a sério o público que o elegeu, nem as mulheres em geral, aquelas mesmas responsáveis pela sua notoriedade, que o alavancou pra vida pública e sem as quais ele nada seria, além de um ser excessivamente vaidoso e prepotente, que se julga acima de todos os demais mortais.
O que surpreende, nesse lamentável episódio, é que o seu protagonista se pretende um crítico contumaz da deselegância em todos os seus aspectos (inclusive e essencialmente, no estético), mas se nega a ter a atitude mais coerente com a sua propalada postura, nesse caso, que seria a retratação pública, não só em relação à deputada ofendida, como a todas as demais. Não bastasse a grosseria da infeliz frase, ao ser confrontado com a sua desafeta esse dandi mal resolvido ainda retrucou: "Eu não me referí à senhora, porque a senhora jamais se enquadraria nessa condição. Pra trabalhar deitada a mulher tem que ser bonita e a senhora é feia ... Nem pra puta serve!". E, aos jornalistas: "Eu tenho culpa se ela é feia? Não vou me desculpar, não, porque ela é feia, mesmo!". Tá provado que ele tinha razão pelo menos numa coisa: Quando disse não saber o que iria fazer alí, ao entrar pela primeira vez no Congresso Nacional.
Como o sujeito foi imbuído da responsabilidade de legislar, o meu medo é que ele consiga aprovar alguma lei herodiana que extinga, de uma vez por todas, as mulheres feias da nação e eu seja expatriada sem chance de conseguir asilo em qualquer outro país, já que o motivo da expatriação não seria ideológico... Com que cara eu iria ficar, quando me perguntassem: "Por que você foi banida do seu país? E eu, na maior saia-justa: "Porque sou feia". Quem diabos iria querer uma criatura dessas no seu país?
Ah! Mas eu não deixaria barato, não! A minha vingança consistiria em enviar uma mensagem ao "nobre deputado", dizendo, em letras garrafais: É MELHOR SER UMA MULHER QUE TRABALHA NA HORIZONTAL, DO QUE SER UM HOMEM QUE GANHA A VIDA EM DECÚBITO DORSAL ... Soaria preconceituoso, mas que eu faria, faria!
Só não ouso convidar as minhas amigas pra se juntarem a mim nessa luta preventiva, porque sei que nenhuma vai querer, de bom grado, aderir a ela ... Pensem numa bandeira infrutífera: MULHERES FEIAS, UNAMO-NOS!!!
Alguém se arvora a encarar?
Pronto! Comecei a tergiversar e me distanciar do assunto principal desse post, que é colocar em questão a gravidade de se dar representatividade a alguém tão despreparado para o cargo. Quando um deputado afirma que "As mulheres de hoje são muito ordinárias ... Trabalham deitadas e descansam em pé", certamente não está levando a sério o público que o elegeu, nem as mulheres em geral, aquelas mesmas responsáveis pela sua notoriedade, que o alavancou pra vida pública e sem as quais ele nada seria, além de um ser excessivamente vaidoso e prepotente, que se julga acima de todos os demais mortais.
O que surpreende, nesse lamentável episódio, é que o seu protagonista se pretende um crítico contumaz da deselegância em todos os seus aspectos (inclusive e essencialmente, no estético), mas se nega a ter a atitude mais coerente com a sua propalada postura, nesse caso, que seria a retratação pública, não só em relação à deputada ofendida, como a todas as demais. Não bastasse a grosseria da infeliz frase, ao ser confrontado com a sua desafeta esse dandi mal resolvido ainda retrucou: "Eu não me referí à senhora, porque a senhora jamais se enquadraria nessa condição. Pra trabalhar deitada a mulher tem que ser bonita e a senhora é feia ... Nem pra puta serve!". E, aos jornalistas: "Eu tenho culpa se ela é feia? Não vou me desculpar, não, porque ela é feia, mesmo!". Tá provado que ele tinha razão pelo menos numa coisa: Quando disse não saber o que iria fazer alí, ao entrar pela primeira vez no Congresso Nacional.
Como o sujeito foi imbuído da responsabilidade de legislar, o meu medo é que ele consiga aprovar alguma lei herodiana que extinga, de uma vez por todas, as mulheres feias da nação e eu seja expatriada sem chance de conseguir asilo em qualquer outro país, já que o motivo da expatriação não seria ideológico... Com que cara eu iria ficar, quando me perguntassem: "Por que você foi banida do seu país? E eu, na maior saia-justa: "Porque sou feia". Quem diabos iria querer uma criatura dessas no seu país?
Ah! Mas eu não deixaria barato, não! A minha vingança consistiria em enviar uma mensagem ao "nobre deputado", dizendo, em letras garrafais: É MELHOR SER UMA MULHER QUE TRABALHA NA HORIZONTAL, DO QUE SER UM HOMEM QUE GANHA A VIDA EM DECÚBITO DORSAL ... Soaria preconceituoso, mas que eu faria, faria!
Só não ouso convidar as minhas amigas pra se juntarem a mim nessa luta preventiva, porque sei que nenhuma vai querer, de bom grado, aderir a ela ... Pensem numa bandeira infrutífera: MULHERES FEIAS, UNAMO-NOS!!!
Alguém se arvora a encarar?
Assinar:
Comment Feed (RSS)
|